Prefeito de João Neiva pede na Justiça recontagem de habitantes ao IBGE
O Censo de 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou uma redução no número de moradores do município de João Neiva, no Norte do Espírito Santo. Após isso, a prefeitura do município ingressou com uma ação na Justiça para rever a contagem de habitantes. A queda no número de habitantes impacta diretamente na cidade, inclusive na quantidade de vagas para vereador em disputa na Câmara Municipal nas Eleições 2024.
O recente levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma redução significativa na população de João Neiva, passando de quase 17 mil habitantes para 14.079. Essa diminuição de aproximadamente três mil pessoas coloca o município em uma nova configuração administrativa, que, conforme a Constituição Federal, terá impacto direto na composição da Câmara Municipal. A partir de 2025, João Neiva terá apenas 9 vereadores, duas cadeiras a menos do que na legislatura atual, em conformidade com o limite para cidades com até 15 mil habitantes.
O prefeito Paulo Sérgio de Nardi, conhecido como Micula, expressou suas preocupações em relação ao censo. Segundo Micula, apesar de a prefeitura ter oferecido suporte logístico às equipes do IBGE durante a realização do censo, muitos moradores relataram que não foram entrevistados pelos pesquisadores.
Diante do resultado, a Procuradoria de João Neiva entrou com uma ação na Justiça. A principal preocupação da administração municipal é que a redução no número de habitantes possa resultar em uma diminuição dos repasses de recursos federais pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esses recursos são fundamentais para o financiamento de diversas políticas públicas e serviços essenciais no município.
A diminuição populacional não apenas afeta a representatividade política, mas também pode ter consequências econômicas significativas para João Neiva. A possível redução nos repasses do FPM preocupa a administração municipal, uma vez que esses recursos são vitais para o funcionamento e desenvolvimento da cidade.
A administração de João Neiva espera que a ação judicial possa reverter ou ao menos revisar os números apresentados pelo IBGE, garantindo que o censo reflita de maneira precisa a população real do município.