Dia: 18 de setembro de 2024

Monumento interativo na Orla de Camburi chama atenção para alto número de mortes no trânsito

O ano de 2024 tem se mostrado mais violento no trânsito capixaba. De acordo com o Observatório da Segurança Pública do Espírito Santo, de janeiro até agosto deste ano, 643 pessoas perderam a vida em sinistros (acidentes) de trânsito no Estado. E o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES) traz para a Semana Nacional de Trânsito, que tem início nesta quarta-feira (18), uma intervenção urbana na orla da praia de Camburi, em Vitória, com o objetivo de impactar a sociedade e provocar uma reflexão sobre esse quadro inaceitável. 

A partir desta quarta-feira (18) até o próximo dia 25, o monumento instalado na Orla de Camburi, no segundo bolsão de estacionamento, na altura da academia Wellness, faz alusão à quantidade aproximada de vidas perdidas no trânsito no Espírito Santo, com o objetivo de sensibilizar a maior quantidade possível de pessoas para uma mudança de comportamento, após visitarem esta exposição sensorial de elementos visuais e conteúdos.  

A intervenção é interativa, pois contará com uma linha do tempo, manchetes de jornais, imagens e um livro para que, aqueles que forem impactados com a ação, possam assinar um compromisso em favor da vida no trânsito.     

Confira os dados do Observatório: 

https://sesp.es.gov.br/Media/Sesp/Mapa%20de%20homic%C3%ADdios/Mortes%20no%20Tr%C3%A2nsito_AGO-1.pdf    

Semana Nacional de Trânsito   

A iniciativa acontece em todo o País, entre os dias 18 e 25 de setembro, com o objetivo de incentivar a sociedade para um trânsito mais seguro. Nesse período, são realizadas ações para conscientizar todos os envolvidos no dia a dia do trânsito, sejam eles motoristas, passageiros, motociclistas, ciclistas ou pedestres. 

Resolução da Agerh declara Estado de Alerta sobre situação hídrica no Espírito Santo

A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou, nesta quarta-feira (18), a Resolução nº 003/2024, declarando Estado de Alerta para todo o Estado, frente ao prolongamento da escassez hídrica em rios de domínio do Espírito Santo. A normativa publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) apresenta medidas restritivas a serem seguidas por diversos setores usuários de água.

A decisão foi tomada após o Comitê Integrado de Comando e Controle (CICC) Estiagem – que reúne órgãos responsáveis pelas ações de mitigação dos impactos da estiagem que atinge o Espírito Santo – considerar o cenário de insuficiência de chuvas nos últimos meses, associada à previsão de estiagem continuada no curto prazo, em que aponta para um elevado risco de estresse hídrico e redução significativa da disponibilidade de água para diversos usos nos próximos meses.

Para além do quadro de não ocorrência de chuvas em volumes suficientes, da elevação da temperatura e da vazão dos principais rios do Estado, outros fatores hidrometeorológicos e a necessidade de recomendações para enfrentamento da seca foram utilizados para motivar a publicação da resolução do Estado de Alerta no Espírito Santo.

“Todo o Governo está trabalhando para reduzir os impactos da estiagem que afeta o Espírito Santo que também reflete nos focos de incêndio que estamos combatendo. São mais de cinco mil hectares queimados em todo o Estado. Contratamos um novo sistema de monitoramento de florestas que também faz indicativos de seca no solo. A resolução da Agerh também levou em consideração os relatórios da ANA [Agência Nacional de Águas], dos quais indicam que hoje 71 municípios do Espírito Santo vivem situação crítica de água. Por isso, a importância do uso racional dos recursos hídricos”, comentou o governador Renato Casagrande.

O diretor-presidente da Agerh, Fábio Ahnert, destaca a importância da adoção contínua de práticas sustentáveis e responsáveis pelo uso da água, já iniciada quando do anúncio da resolução do Estado de Atenção, publicada no último dia 16 de junho. “Com esse cenário hidrológico de vazões mínimas, faz-se necessário um esforço restritivo dos grandes setores usuários de água, como agricultura, indústria e demais usos, para melhorar a disponibilidade Hídrica para o abastecimento da população e dessedentação de animais, como preconiza a legislação”, ponderou.

O Estado de Alerta, que conta com recomendações para algumas medidas restritivas nos diversos setores usuários da água, fica em vigor até a normalização da situação hídrica no Estado. Os órgãos competentes fiscalizarão o cumprimento da normativa e das restrições de uso impostas, bem como, quando pertinente, aplicarão as penalidades administrativas previstas nas legislações específicas.

Saiba mais sobre as medidas do Estado de Alerta:

Usuários de Recursos Hídricos

Determinar a redução do volume diário outorgado para a captação de água nas portarias de outorgas de direito de uso dos recursos hídricos emitidas no Estado do Espírito Santo:

– Redução de 20% do volume diário outorgado para a finalidade de irrigação, por meio da redução do tempo de funcionamento do sistema de bombeamento;

– Redução de 25% do volume diário outorgado, para as captações de água para a finalidade de consumo industrial e agroindustrial, por meio da redução do tempo de funcionamento do sistema de bombeamento e;

– Redução de 35% do volume outorgado para as demais finalidades, exceto usos não consuntivos.


Agricultura

Devem adotar práticas que promovam o uso racional da água na irrigação dos cultivos, visando à redução do consumo, conforme as seguintes orientações:

– A irrigação deve ser realizada em horários de menor evaporação, como nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, otimizando a eficiência do uso da água e minimizando as perdas por evaporação;

– Devem ser implementadas técnicas de irrigação eficientes, como o gotejamento, microaspersão e aspersão de baixa pressão. Sempre que possível, recomenda-se o monitoramento da umidade do solo para ajustar adequadamente o volume de água aplicado, evitando desperdícios.

Exceto:

– Captações em cursos de água superficiais destinadas à irrigação localizada de olericulturas, limitadas a uma área de 02 (dois) hectares por propriedade;

– Cultivos em estufas, com sistema de irrigação por microaspersão ou irrigação localizada;

– Cultivo hidropônico;

– Viveiros para produção de mudas.


Proprietários de Barragem

Determina que executem ações de manutenção e operação adequada, mantendo as estruturas de controle de entrada e saída da água da barragem funcionando adequadamente, e garantindo, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da vazão de referência no leito do rio a jusante do reservatório.


Prefeituras Municipais e demais órgãos fiscalizadores

Recomenda a proibição e a penalização, quando necessário, de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água, tais como:

– Lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras;

– Irrigação de gramados e jardins;

– Resfriamento de telhados com umectação ou sistemas abertos de troca de calor;

– Umectação de vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras, exceto quando a fonte for o reuso de águas residuais tratadas.

Instituições de Fomento e de Crédito Agrícola

Recomenda que suspendam imediatamente e por período indeterminado as operações para a implantação de novos sistemas de irrigação ou para a ampliação de sistemas já existentes, exceto nos casos em que os sistemas objeto do fomento ou crédito agrícola, sejam de trocas para sistemas de irrigação mais eficiente e que possibilitem a redução do uso de água.


Companhias Públicas e Privadas e aos Serviços Autônomos Municipais de Água e Esgoto

Recomenda adoção de medidas visando ao atendimento à prioridade legal do uso da água, para o consumo humano e a dessedentação animal em situações de escassez hídrica prevista na Política Estadual de Recursos Hídricos;

Desenvolver e implementar imediatamente medidas necessárias à adaptação ao estado de alerta, visando a incentivar a redução do consumo médio diário de água e implementar medidas e intervenções necessárias à redução dos índices de perdas e do tempo de atendimento às solicitações de reparos e denúncias de vazamento em suas redes.

Agências Reguladoras dos Serviços de Água e Esgoto de abrangência Estadual ou Municipal

Recomenda a adoção de medidas legais cabíveis visando a incentivar a redução do consumo médio diário de água.

 

Órgãos de Licenciamento de Atividades Poluidoras ou Potencialmente Poluidoras e Degradadoras

– Impor medidas voltadas à ampliação do uso racional, do reuso e do aproveitamento de águas residuais tratadas;

– Ampliar a captação/acumulação de águas de chuva;

– Conservação de água e solo, por meio de recomposição florestal e práticas mecânicas;

– Aplicação de mecanismos de desburocratização do licenciamento de atividades e intervenções emergenciais destinadas ao aumento da oferta hídrica e à garantia de usos múltiplos dos recursos hídricos.

Empreendimentos Industriais

Determina a adoção imediata de medidas de reuso, reaproveitamento e reciclagem de água em suas unidades fabris, visando à redução do consumo.

Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH) e Comitês de Bacias Hidrográficas estaduais (CBHs)

Recomenda-se que mobilizem os representantes de suas entidades, em regime de urgência, para a formulação de ações e adoção de medidas emergenciais de abrangência regional e local, incentivando o uso racional das águas, como estratégia de adaptação e de enfrentamento à situação que se apresenta.

Governo do Estado anuncia sistema para auxiliar no enfrentamento às queimadas ilegais

O governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou, nesta quarta-feira (18), a aquisição de uma nova ferramenta para auxiliar na identificação de áreas queimadas e com possíveis focos de incêndio. O sistema Brasil Mais, adquirido recentemente pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), será utilizado na Central de Monitoramento de Florestas (CMF) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

O sistema permitirá o monitoramento diário de toda a vegetação do Estado, além da emissão de alertas de desmatamento ilegal em tempo real. Ao detectar focos de incêndio rapidamente, será possível mobilizar equipes de combate a incêndios e evitar que as chamas se espalhem, minimizando os danos.

“Contratamos esse sistema para reforçar o trabalho de monitoramento do desmatamento ilegal e hoje especialmente no combate aos focos de incêndio. O sistema atual compreende 15% do território capixaba. Com a nova aquisição, a cobertura chega à totalidade do Estado, com monitoramento em tempo real. Isso será muito importante para enfrentarmos esse momento em que mais de cinco mil hectares de área já foram queimados. O cenário se agrava com a situação de estiagem no Espírito Santo com 71 municípios em situação crítica”, pontuou o governador Renato Casagrande, durante coletiva de imprensa realizada na sede do Idaf.

Atualmente a Central de Monitoramento de Florestas do Idaf, já realiza um trabalho minucioso, por meio do levantamento de imagens mensais, conseguindo identificar o tamanho da área desmatada, ocorrências de incêndios, cicatrizes de fogo, qualidade da água, reflorestamento de áreas, local do crime ambiental cometido e o infrator. Com a utilização do sistema Brasil Mais, o Idaf e os demais órgãos ambientais poderão ter acesso a esses dados diariamente.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, explica que a ferramenta contratada permitirá ao Governo vigiar de modo contínuo todo o território capixaba, buscando identificar mudanças no solo, como a supressão ilegal da vegetação, além de focos e o avanço das queimadas. Além disso, o sistema pode fazer indicativos de seca no solo em áreas a partir de 9 metros quadrados, ou seja, algo próximo ao tamanho de uma vaga de estacionamento de um carro.

“A implementação dessa tecnologia é um passo significativo para ampliar o controle ambiental e garantir uma resposta rápida e eficaz na preservação das florestas e no combate aos incêndios que têm ocorrido no Estado, como os eventos das últimas semanas. O Espírito Santo, ao adotar essa abordagem inovadora, torna-se um exemplo de como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na preservação ambiental e na luta contra as queimadas”, analisou Rigoni.

O secretário de Meio Ambiente acrescentou que, além da identificação de desastres ambientais, a vigilância será um recurso crucial para o acompanhamento de projetos de restauração florestal ao longo dos anos, permitindo um monitoramento eficiente das áreas em recuperação.

De acordo com o diretor geral do Idaf, Leonardo Monteiro, os investimentos na Central de Monitoramento de Florestas representam um marco no fomento ao combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no Espírito Santo.

“Atualmente, não tem nenhum outro estado brasileiro que conta com uma central como a nossa, quando falamos de qualidade e precisão dos dados. Essa nova ferramenta será um divisor de águas que veio para somar ao trabalho já realizado de forma habilidosa e séria pelos nossos fiscais. Estamos seguindo as diretrizes do Governo do Estado, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal. Quem ainda insistir em cometer crime ambiental no Espírito Santo pode saber que será identificado rapidamente e penalizado na esfera administrativa”, afirmou Monteiro.

Como vai funcionar

Com a capacidade de realizar comparações imagens diárias da mesma área, o algoritmo disparará a emissão de alertas aos agentes públicos de possíveis irregularidades ambientais, como o desmatamento ou a ocorrência de incêndios, atuando como um verdadeiro “vigia espacial”.

Para fins de melhorar a gestão ambiental do território, a ferramenta também se mostra importante no monitoramento contínuo de projetos como de reflorestamento ambiental e no entendimento da dinâmica de seca ou de alagamentos de grandes áreas, fornecendo maiores informações aos gestores públicos na construção de políticas de enfrentamento dos impactos causados pelas mudanças climáticas.

O sistema será operado na Central de Monitoramento de Florestas do Idaf, que funciona em uma sala na sede do Instituto, que abriga cinco workstations de última geração com capacidade de processamento de imagens, além de um videowall com seis monitores de 55 polegadas para a avaliação de imagens e dados.

Mais brigadistas

Durante a coletiva, o governador Renato Casagrande anunciou novas medidas para reforçar o trabalho de combate aos incêndios em vegetação. O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) irá contratar 72 brigadistas temporários para atuarem nas unidades de conservação (UCs) e em suas proximidades. Além disso, há a previsão da contratação de máquinas para construção de aceiros, que são faixas de terra sem vegetação para evitar que o fogo se propague nas UCs.

“O Iema segue no trabalho de preservar nossa biodiversidade. Estamos vivendo um período seco e de intenso calor, onde qualquer faísca pode se transformar em tragédia. É essencial que todos nós façamos nossa parte e evitemos qualquer tipo de queimada. Não é só uma floresta que queima, é o nosso futuro”, ressaltou o diretor-presidente do Iema, Mário Louzada.

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