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A recente e controversa mudança no acesso à Terceira Ponte pela Rua Clóvis Machado, em Vitória, pode não ser definitiva. A intensa pressão e as reclamações de motoristas de aplicativo, que desaprovaram a nova configuração da via, levaram a Prefeitura de Vitória a estudar uma nova alteração para o local, abrindo a possibilidade de reverter ou adaptar o projeto original.
A mobilização da categoria foi a principal força motriz por trás dessa reavaliação. Desde que a rua se tornou mão dupla e perdeu os pontos de embarque e desembarque, motoristas relatam um aumento significativo nos riscos e prejuízos. O Sindicato dos Trabalhadores de Aplicativos (Sintappes) formalizou o protesto, argumentando que a ausência de um local seguro para paradas força os trabalhadores a se arriscarem em paradas irregulares, gerando insegurança para os passageiros e o risco de multas.
Em resposta direta a essa pressão, a Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (Sedec) já se movimenta. Em nota, a pasta informou que uma equipe de arquitetos, em diálogo com moradores, está realizando estudos de viabilidade para implantar uma nova baia na rua, destinada justamente ao embarque e desembarque de pessoas, atendendo à principal queixa dos motoristas.
Ainda que a prefeitura defenda a mudança inicial como necessária para dar fluidez ao trânsito de 90 mil veículos, a repercussão negativa e os problemas práticos apontados pelos motoristas colocaram o planejamento em xeque. A situação também está sob o olhar do Ministério Público do Estado (MPES), que aguarda uma resposta do município e realizará uma reunião no início de julho para analisar o tema, adicionando mais um elemento de pressão por uma solução que contemple os usuários do serviço de transporte.