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Advogado é preso suspeito de atuar como mensageiro de líderes de facção no ES

Um advogado e outras oito pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (14) durante uma operação da Polícia Federal (PF) e outras forças de segurança pública que investiga a comunicação entre presos e integrantes de facções criminosas em liberdade na Grande Vitória. A ação, batizada de “Operação Scriptor”, também cumpriu oito mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão temporária e três medidas cautelares diversas da prisão. O nome do advogado não foi divulgado.

De acordo com as investigações, o profissional da área jurídica mantinha contato direto com pelo menos quatro lideranças de facções criminosas do Espírito Santo, atuando como mensageiro e articulador externo. Ele seria o responsável por transmitir ordens estratégicas e coordenar atividades criminosas, garantindo que os líderes continuassem comandando as ações mesmo de dentro dos presídios.

Quatro mandados de prisão ainda estão em aberto, e os suspeitos seguem foragidos. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo de Garantias da Comarca de Marechal Floriano.

Advogado já era investigado em outra operação
O advogado preso já havia sido alvo da Operação Recado Reverso, deflagrada em 11 de julho de 2024, que investigava a atuação de advogados na transmissão de informações de líderes de facção presos para criminosos em liberdade.

Na ocasião, ele teve o exercício da advocacia suspenso por decisão judicial. No entanto, em junho deste ano, segundo a PF, o advogado foi novamente flagrado prestando atendimento jurídico a detentos, mesmo com a suspensão em vigor. Durante a abordagem, foram apreendidos aparelhos celulares, manuscritos e sua carteira da OAB. Ele também assinou um Termo Circunstanciado.

Operação Scriptor
O nome da operação faz referência ao termo latino “scriptor”, que significa “escritor” ou “aquele que redige”, em alusão ao papel desempenhado pelo advogado, que funcionava como redator e mensageiro das ordens de dentro das prisões.

A ação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/ES), coordenada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES).

A Ficco é composta pela Polícia Federal, Polícia Militar (PMES), Polícia Penal (PPES), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) e pelas Guardas Municipais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana.

Fonte: Agência Estadão

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