Diagnosticada com diabetes tipo 2 há mais de 30 anos, a aposentada Antônia Lucas Siberi mantém uma rotina rígida para controlar a doença, aplicando cinco injeções diárias de insulina. A necessidade constante de monitoramento preocupa, já que qualquer descuido pode provocar picos perigosos de glicemia. “Se esquecer corre o risco enorme de subir a glicemia e nesse caso tem que aplicar mais injeções de insulina para ter o controle”, disse dona Antônia.
Agora, um novo medicamento promete transformar essa realidade. Recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a primeira insulina de aplicação semanal do mundo surge como alternativa às doses diárias. A inovação é considerada um avanço importante, especialmente por facilitar o tratamento e reduzir os riscos de esquecimento. Além disso, a insulina semanal funciona formando um polímero no organismo após a aplicação, liberando o hormônio de forma contínua ao longo de sete dias, proporcionando maior comodidade e segurança aos pacientes.
“A vantagem da insulin codeca é que ela dura uma semana. Então, ao aplicá-la, ela vai fazer um polímero, ou seja, ela vai se depositar na barriga e vai liberar lentamente”, explica o endocrinologista do Sírio-Libanês, Renato Zili. “A gente sabe que as insulinas mais antigas podem ter uma variação no sangue de até 60% e a pessoa não tem certeza que a quantidade de insulina circulante é a mesma que ela aplicou. Diferente dessa nova insulina”, conclui.