O reordenamento do serviço de atendimento a públicos em situações prioritárias da Assistência Social da capital – de violência e violação de direitos – , por meio de um plano de ação estratégico, tem permitido a ampliação dos atendimentos realizados nas 21 unidades dos Centros de Convivência (CC) em funcionamento na capital.
A subsecretária de Proteção Social Básica de Vitória, Graziella Lorentz, explica que, em 2021, foi colocada em prática a reorganização e o reordenamento dos serviços como estabelecido na resolução nº 1, de 21 de fevereiro de 2013, do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A partir daí, os passos foram alinhados e direcionados para dar suporte e ajudar na construção de relacionamentos fortes, saudáveis e de uma rede de apoio às famílias em situação de vulnerabilidade
Um balanço realizado pela Semas aponta que o volume que em 2021 era de 195 atendimentos, chega em outubro de 2024 a marca de 620 atendimentos, o que representa um aumento de 516,6%. Em 2022, era de 228 pessoas com marcação de situação prioritária. Em 2023, o volume de marcação alcançou 504 pessoas.
Os dois movimentos, de reorganização e reordenamento, colocaram os serviços da Proteção Social Básica em consonância com o Caderno de Orientações do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif) e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). “Esse reordenamento possibilitou focar na convivência nos grupos e, pouco a pouco, foi tornando-se referência na garantia de proteção social”, pontuou Graziella.
A subsecretária disse que os números demonstram a importância e o impacto positivo do reordenamento. “Significou maior articulação com o Paif e Paefi (Programa de Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos), fortalecimento e formação junto aos técnicos de referência do SCFV, a organização e planejamento das ofertas, através dos eixos e percursos dos grupos de convivência de forma efetiva, e a sensação de pertencimento de seu território. Além da possibilidade de desenvolver ações com temáticas voltadas à superação de vulnerabilidades; o fortalecimento do trabalho de segurança alimentar e nutricional junto às famílias; melhoria na comunicação, visando ampliar o olhar das famílias para as potencialidades de seus membros”, ressaltou ela.
O ajuste, no instrumento que gere os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, permitiu ampliar o trabalho para a faixa etária de zero a 60+, bem como um incremento no número de trabalhadores para atuar com estes públicos.
Para a secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Social, os números mostram que as ações desenvolvidas nos espaços socioassistenciais de Vitória estão chegando a quem precisa. “Estamos orgulhosos com os números que estamos alcançado em relação ao atendimento aos membros das famílias em situação prioritária nos Serviços de Convivência. Mas estamos concentrados em intensificar nossas ações para garantir a continuidade do trabalho realizado, qualificando os atendimentos e registros realizados, de modo a alcançar índices ainda melhores”, disse a secretária.