SÃO PAULO DISSE NÃO AO PT E AO PSDB

O Partido dos Trabalhadores, que já governou quase metade das prefeituras do Estado de São Paulo, sofreu uma queda drástica. Das 645 cidades, somente quatro serão administradas pela sigla (Matão, Mauá, Santa Lúcia e Lucianópolis), somando pouco mais de 515 mil habitantes.

Em comparação, o PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, vai comandar 206 prefeituras, destronando o PSDB, que em 2020 elegeu 188 prefeitos e agora caiu para 27, uma redução de 85%. O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, conquistou 104 prefeituras, e o Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, levou 84 cidades.

Esse cenário mostra claramente que o coração financeiro do país se cansou do eixo político formado pelo PT e pelo PSDB, o que influenciará diretamente o pleito de 2026, conferindo uma larga vantagem aos partidos de centro e centro-direita, o que vai acirrar a disputa pela presidência do Brasil.

A lição que fica para o PT e o PSDB é a seguite: “O eleitor brasileiro não confia mais no modelo político do eixo tradicionalista e não aceita a repaginação de velhas figuras. Ambos os partidos precisam renovar urgentemente seus quadros e acompanhar as mudanças no comportamento político da população brasileira”.

Enfim, PT e PSDB precisam demonstrar poder e capacidade de renovação, ou correrão o risco de “morrer abraçados” como duas teimosas senhoras, foi o que mostraram as eleições de São Paulo.

“A REALIDADE ESTÁ GRITANDO”

Em 2002, quando Lula assumiu a presidência da república pela primeira vez, 72% dos trabalhadores brasileiros tinham carteira assinada. Hoje, esse número caiu para cerca de 46%, indicando uma mudança significativa na realidade econômica do país.

Essa redução reflete um estrangulamento econômico que exige uma mudança na política, pois o comportamento da sociedade também está evoluindo gradualmente. Quem não conseguir entender e interpretar essas mudanças terá dificuldade em sobreviver no universo político.

As recentes eleições demonstraram que o populismo digital e o radicalismo não surtiram efeito e encontraram resistência em um eleitorado mais cético e crítico, ainda que de forma tímida. O voto pragmático foi o grande vencedor e as retóricas mais inflamadas não convenceram, um ponto urgente que não deve ser subestimado.

Em resumo, a realidade está gritando, e quem tem sensibilidade auditiva, ouça!

ABSTENÇÃO: “120 MIL NA SERRA E 2.940.360 EM SÃO PAULO”

Outro fator marcante neste pleito foi o grande número de abstenções, um recorde preocupante para as próximas eleições. Na cidade de São Paulo-SP e no município de Serra-ES, as abstenções superaram o número de votos do segundo colocado, um fenômeno que exigirá estudo e um debate amplo das autoridades públicas.

Além do desencantamento com a política e do desinteresse da sociedade, outro aspecto deve ser considerado: “o distanciamento entre política e sociedade”.

As redes sociais podem ter contribuído para isso, pois, na ânsia de visibilidade, o núcleo político perdeu o contato direto e singular com o eleitor, onde a “política pastoral” foi ligeiramente substituída pela “política virtual”.

É preciso repensar esse modelo, sem desmerecê-lo, buscando equilíbrio entre seguidores e eleitores. Afinal, “like” pode ajudar, mas não significa voto.

“O BRASIL ESTÁ VIVO”

Os pessimistas já anunciaram a morte do Brasil diversas vezes, com data e horário marcados.

No entanto, o Brasil respira e em breve receberá alta da UTI dos profetas da ruína, porque o brasileiro sempre foi e será movido pela esperança – ontem, hoje e amanhã.

O Brasil está vivo!