A Defensoria Pública do Espírito Santo divulgou nesta terça-feira (11) um relatório destacando a situação alarmante do déficit habitacional no Estado. De acordo com o documento da Fundação João Pinheiro (FJP), o déficit habitacional no Espírito Santo aumentou substancialmente, passando de 83.295 domicílios em 2019 para 92.267 em 2024, o que representa 6,3% do total de residências no estado. No Brasil, a estimativa é de 6.215.313 domicílios em déficit, correspondendo a 8,3% do total de moradias particulares ocupadas no país.
Conforme a Defensoria, através do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia (Nudam), foram realizados levantamentos periódicos sobre conflitos fundiários. Desde 2022, foram registrados 47 casos urbanos e 12 rurais de remoções coletivas e ameaças, afetando cerca de 9.419 famílias, somando mais de 37 mil pessoas. A maioria das ocupações ameaçadas existe desde antes de março de 2020, período pré-pandemia. Segundo o levantamento, muitas dessas ocupações são núcleos urbanos informais consolidados, sem infraestrutura adequada e sem títulos de propriedade, causando insegurança para milhares de famílias.