O atentado contra o prefeito de Afonso Cláudio, Luciano Pimenta (PP), repercutiu na sessão virtual ordinária desta quarta (23). Deputados condenaram o ato ocorrido na noite de terça (22) e se solidarizaram com o político, que escapou com vida. Parlamentares reforçaram que o Espírito Santo não pode retroceder a um passado de “faroeste” e “bang-bang” e cobraram do governo um desfecho rápido para o caso.
Independente do lado político, as palavras de apoio partiram de Denninho Silva (União), Alexandre Xambinho (Podemos), Janete de Sá (PSB), Adilson Espindula (PSD), Alcântaro Filho (Republicanos), Raquel Lessa (PP), Theodorico Ferraço (PP), Iriny Lopes (PT), Dary Pagung (PSB), Delegado Danilo Bahiense (PL), Coronel Weliton (PRD), Gandini (PSD) e Sergio Meneguelli (Republicanos).
“Um absurdo esse atentado no município de Afonso Cláudio contra um prefeito legitimamente reeleito. Eu não gostaria que o faroeste que já existiu no passado em Afonso Cláudio volte a existir”, enfatizou Janete de Sá. “Tudo indica que possa ter conotação política sim”, pois “a única contenda que houve no município foi essa disputa política”, projetou a parlamentar.
Assim como Janete, Iriny Lopes (PT) também manifestou preocupação com o retorno de uma época de “bang-bang”. “Vivenciamos no estado do Espírito Santo momentos terríveis onde toda e qualquer desavença ou qualquer discordância era resolvida na força, na bala, na traição. Não podemos voltar a esse tempo”.
O deputado Alcântaro Filho registrou que o prefeito escapou ao revidar o atentado. “Luciano Pimenta possui porte de arma e revidou essa injusta agressão”, avaliou. “Imagina se o prefeito Luciano Pimenta não tivesse como revidar? Talvez ele teria sido prejudicado com sua própria vida com esse atentado”, defendeu.
Mais cedo, o presidente Marcelo Santos (União) já havia se manifestado pelas redes sociais. “Lamentamos e repudiamos o atentado sofrido pelo prefeito reeleito de Afonso Cláudio, Luciano Pimenta. Violência não pode ser tolerada! Que tudo seja apurado e os responsáveis punidos sob o rigor da lei. Graças a Deus, o prefeito e sua família estão a salvo”, registrou Marcelo.
O ocorrido levou os parlamentares Dary Pagung, Alexandre Xambinho e Janete de Sá a pedirem um processo eleitoral tranquilo neste domingo (27), quando será realizado o segundo turno no município da Serra, onde “os nervos estão a flor da pele”, constatou o líder do governo. O pedido foi de apoio das forças policiais e da Justiça Eleitoral.
Coronel Weliton e Sergio Meneguelli aproveitaram a situação para refletir. “Quantas pessoas passam pela mesma situação e muitas vezes passam despercebidas e a gente não cobra do governo e das forças policiais também um apoio e uma atenção para com a situação”, ponderou. “A vida tem o mesmo valor para todas as pessoas”, independentemente se é autoridade política ou não, completou o militar.
Dinheiro para a BR-262
O direcionamento de parte do dinheiro advindo do acordo de Mariana para a BR-262, conforme anunciado pelo governador Renato Casagrande (PSB), foi criticado por Sergio Meneguelli. O ex-prefeito de Colatina, uma das cidades atingidas pelo desastre ambiental, cobrou que o recurso seja destinado a quem de fato foi acometido pelo ocorrido.
“Dai a César o que é de César”, disse Meneguelli ao reproduzir a famosa frase bíblica. Na opinião do representante da região, o montante oriundo da indenização pelos danos deve ser pago a quem tem direito. Ele sugeriu que o chefe do Executivo revisse a decisão e levasse o assunto para ser debatido com os deputados estaduais.
Ordem do Dia
O veto parcial ao Projeto de Lei (PL) 267/2024, de autoria de Marcelo Santos, teve a votação adiada devido a pedido de prazo regimental. A matéria cria o cadastro de condenados por estupro e o cadastro de condenados por crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher.
Fonte: Assembleia Legislativa do Espírito Santo