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Dia da Consciência Negra: evento reúne idosos de Vitória para celebrar a data

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, o Centro de Convivência para pessoa idosa do Centro promoveu o evento "Todo dia é dia de preto". Este foi o nome dado a atividade desenvolvida na segunda-feira (20),em referência e exaltação ao  promovida pelo. A programação foi montada dedicando 100% do protagonismo ao povo negro. As danças, as músicas, o cardápio organizado e até as oficinas de arte faziam referência a períodos da história e davam voz a artistas negros.  

Para celebrar o Dia da Consciência Negra, o Centro de Convivência para pessoa idosa do Centro promoveu o evento “Todo dia é dia de preto”. Este foi o nome dado a atividade desenvolvida na segunda-feira (20),em referência e exaltação ao  promovida pelo. A programação foi montada dedicando 100% do protagonismo ao povo negro. As danças, as músicas, o cardápio organizado e até as oficinas de arte faziam referência a períodos da história e davam voz a artistas negros.

De acordo com a coordenadora do espaço, Jizelly Sacht Damascena Gomes, essa foi mais uma forma de chamar atenção de todos os atendidos no espaço para reflexões e ações antirracistas, reforçando o papel da Assistência Social como garantidora de direitos.

Com um público majoritariamente formado por mulheres pretas, pardas e negras, não foi difícil encontrar histórias de luta e resistência, e declarações da importância de estender os atos de 20 de novembro para outros dias do ano. Como propôs a idosa Regina Berto, de 64 anos.

Regina contou que ficou emocionada ao chegar no Centro de Convivência do Centro e ver toda a organização para exaltar a importância da população negra na construção cultural do país. “É importante falar sobre o que é racismo e das ações antirracistas”.

Regina revelou que se sente privilegiada poder envelhecer como mulher negra. “Tenho medo dos problemas de saúde que podem vir com a velhice, tenho até medo, mas sei que sou privilegiada por chegar a essa idade”, comentou baixinho dona Regina.

A sua xará, Regina Mara Barbosa, de 60 anos, cuidadora de idosos que também estava no local como acompanhante da idosa Creuza Maria Silva Macedo, de 82 anos, disse que se sentiu muito melhor ao saber que naquele espaço a temática é tratada. “É muito importante porque é um espaço feito para a convivência. E com certeza a boa convivência passa pelo respeito”, comentou ela.

Há nove anos frequentando o Centro de Convivência, a idosa Maria da Luz de Souza Naqleto, de 77 anos, fez questão de destacar o que considera importante comemorar o Dia da Consciência Negra: “Ter essa representatividade é maravilhoso”.

Se é bom para quem chega ao serviço é ainda melhor para quem trabalha, afirma a técnica de referência Monica Trancoso. Ela conta que foi atuando no Centro que se viu pela primeira como mulher negra. “Foi lá que vi que lá era o meu lugar, onde devia estar”.

Monica reforçou que a presença de pessoas pretas atuando nos serviços é fundamental. “Eles estão no lugar que eu posso falar. Eu tenho a fala. Eu pertenço a esse lugar. Posso me colocar no mesmo lugar. Somos iguais, o que qualifica ainda mais a escuta e amplifica a fala”, acredita a educadora social.

A gerente de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Cristina Silva, disse que o Dia da Consciência Negra nos lembra da diversidade étnica e cultural que enriquece nossa sociedade. “A discriminação racial persiste em nossa sociedade e, principalmente , nos lembra da importância de combater todas as formas de racismo”.

Cintya Schulz, secretária de Assistência Social de Vitória, reforça que é papel da Assistência Social trazer datas combativas para o cotidiano dos serviços. ” Fizemos um seminário sobre público prioritário para a Assistência Social e cotidianamente processos formativos para que possamos ser singulares e ao mesmo tempo coletivos nas lutas antiracista, de gênero e de tantos outros marcadores sociais importantes”

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