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Educação lança primeiro material antirracista da rede municipal de ensino

Nesta sexta-feira (08), a Secretaria de Educação da Prefeitura de Vila Velha (Semed) realiza o lançamento de mais um material antirracista da rede municipal de ensino: “Doses de Letramento Racial”. Trata-se de um e-book que tem como objetivo facilitar o acesso de professores e das equipes pedagógicas a conteúdos e práticas que promovam a igualdade racial, a fim de valorizar as contribuições negro-afro-diaspórios para a sociedade. O lançamento acontece às 9 horas, no Auditório da Câmara Municipal de Vila Velha.

Elaborado pela Coordenação de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e Indígenas (Ceafri), da Semed, o e-book foi desenvolvido com base na Portaria n°470/2024, que institui a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola.

Segundo a coordenadora do núcleo Ceafri, Flavia Costa Lima Dubberstein, trata-se de um marco para a promoção de uma educação mais inclusiva, diversa e equitativa no âmbito municipal.

“A iniciativa estimula e reforça a necessidade de implementação de práticas pedagógicas que ampliem as perspectivas afrocentradas no currículo escolar, em conformidade com o que preconiza a legislação, incluindo a Lei Federal n.º 10.639/03, que instituiu a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas”, afirmou.

O e-book será distribuído digitalmente para todas as 116 escolas municipais de Vila Velha. Dados do Sistema de Gestão Escolar do município apontam que mais de 37 mil alunos se autodeclaram pretos ou pardos, desse modo, compondo enquanto parte da população negra, representando número próximo a 70% das matrículas nas unidades de ensino da rede municipal de Vila Velha.

Além de orientar as práticas pedagógicas, o lançamento do “Doses de Letramento Racial” destaca o protagonismo negro.

“Por muitos séculos, as escolas reproduziram a perspectiva eurocêntrica, que invisibilizou e promoveu o apagamento das contribuições de povos africanos e afrodescendentes para o desenvolvimento social, cultural e científico. Valorizar a história e a cultura afro-brasileira é assegurar que os nossos estudantes possam se ver representados no currículo escolar, reconhecendo e fortalecendo sua identidade e ancestralidade”, afirmou Flavia Costa Lima Dubberstein.

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