No último domingo (6), 23 urnas eletrônicas, escolhidas ou sorteadas na véspera, passaram por auditorias que comprovaram a autenticidade dos sistemas eleitorais, bem como a confiabilidade da captação e da contagem dos votos nas urnas eletrônicas. Os procedimentos puderam ser acompanhados por entidades fiscalizadoras, representantes das Missões de Observação Eleitoral (MOEs) e pelo eleitorado.
O juiz Anselmo Laghi Laranja, presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (CAVE), informou, durante a apuração dos votos, no início da noite do último domingo (06), que “os trabalhos do Teste de Integridade transcorreram dentro da normalidade, sem qualquer intercorrência e com todos os votos conferindo com os depositados nas urnas eletrônicas”, destacou.
O Teste de Integridade e o Teste de Integridade com Biometria destinam-se à verificação de funcionamento das urnas eletrônicas em condições normais de uso, mas essas urnas não são usadas para a votação oficial, o Juízo Eleitoral prepara outra urna para o eleitor poder votar. São realizadas pela CAVE e equipe de apoio composta por servidores do Poder Judiciário e Ministério Público. Essas auditorias são acompanhadas por uma empresa de auditoria externa.
A Auditoria das Urnas se divide em:
– Teste de Integridade com Biometria: é realizado em duas (2) urnas, dentre as seções eleitorais da capital. Ocorre na escola onde irá acontecer a votação oficial correspondente às seções selecionadas para auditoria. Após os eleitores votarem nas urnas oficiais, a comissão irá convidá-los a participar de uma votação simulada nas urnas da auditoria, para “testar” essas urnas. Eles são convidados para usar a identificação por biometria nas urnas sendo auditadas e, ao término da apuração, há o confronto dos votos digitados na urna com os votos constantes do Boletim de Urna, que é o documento expedido pela urna eletrônica ao final da votação. Participaram voluntariamente do Teste de Integridade com Biometria 107 eleitores das duas seções escolhidas na Escola São Domingos (Unidade 2), em Bento Ferreira, Vitória.
– Teste de Integridade: é realizado em 18 urnas do Estado, sendo uma da capital. A comissão convocou servidores do judiciário e do Ministério Público para preencherem votos aleatórios em cédulas de papel e para, depois, no mesmo dia e horário da votação oficial, eles digitarem estes votos na urna da auditoria. Ao final, eles batem a lista de votos com a impressão do voto da urna. Nunca na história do Brasil houve divergência entre os votos digitados na urna e os votos constantes no Boletim de Urna. O teste é transmitido pelo youtube para ser acompanhado por quem quiser;
– Teste de Autenticidade: é realizado em três (3) urnas do Estado, pelo Juízo Eleitoral a que pertence a urna da seção a ser auditada. Ocorre na própria seção eleitoral, antes do horário da votação. São verificadas a autenticidade e a integridade dos sistemas instalados nas urnas, se são os sistemas oficiais desenvolvidos pelo TSE. Ao término da auditoria, as urnas são utilizadas normalmente na votação oficial.
Comissão de Auditoria
Os procedimentos foram coordenados pelo juiz Anselmo Laghi Laranja, presidente da Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica (CAVE); pelo juiz auxiliar da Corregedoria, designado para auxiliar os trabalhos da Comissão de Auditoria relativos ao Teste de Integridade com Biometria, Rogério Rodrigues de Almeida; e pelo procurador regional eleitoral Paulo Guaresqui, além dos membros da Comissão de Auditoria de Votação Eletrônica, Gustavo Henrique Lopes Costa, servidor da Secretaria de Tecnologia da Informação; Gláucia Ribeiro Cola Dadalto, servidora da Secretaria Judiciária; Fabianne de Souza Oliveira e Tania Mara Pavesi Miranda, servidoras da Corregedoria Regional Eleitoral; Leila de Almeida Gomes, servidora da Diretoria Geral, e Minelvina Martins Coelho Teixeira e Adriana Petersen Saraiva Soares, servidoras da Secretaria de Gestão de Pessoas; e por dezenas de voluntários.
