A partir de agora a Estação Leopoldina é um patrimônio histórico e arquitetônico do município. Foi publicado o Decreto nº 200/2024, que autentifica o tombamento do local e seus trilhos. A decisão reconhece a importância histórica e sociocultural da edificação localizada na avenida Anézio José Simões, no bairro Argolas.
Segundo o decreto, o grau de proteção foi definido como de Proteção Integral Secundária (GP2). Esta classificação implica que a restauração total deve ser feita no exterior da edificação, enquanto o interior pode ser adaptado para novas atividades, desde que estas não prejudiquem a estrutura externa.
“A Estação, suas edificações complementares e os trilhos foram incluídos no polígono delimitado que abrange uma área de 17.069,44 m² e um perímetro de 954,25 metros. Com a homologação, o espaço passa a receber proteção oficial, garantindo sua preservação e valorização como parte significativa da história e cultura de Vila Velha”, explica o secretário de Cultura e Turismo, Roberto Patrício Junior.
Outro tombamento
A atual gestão da prefeitura de Vila Velha tem demonstrado compromisso com a preservação do patrimônio histórico do município. Em outubro de 2023, o prefeito Arnaldo Borgo Filho homologou o tombamento do Forte São Francisco Xavier da Barra, localizado no Sítio Histórico da Prainha. O Decreto nº 336/2023, publicado no Diário Oficial do Município, reconheceu a importância histórica e arquitetônica do forte.
O tombamento do Forte São Francisco Xavier da Barra seguiu um processo similar ao da Estação Leopoldina, fundamentado nas mesmas legislações de proteção ao patrimônio cultural. O forte, que está situado no 38º Batalhão de Infantaria, Praia de Piratininga, foi classificado com grau de Proteção Integral Secundária (GP2). Isso significa que, assim como a estação ferroviária, seu exterior deve ser totalmente restaurado, enquanto o interior pode ser adaptado para novas atividades, desde que não comprometam a integridade externa da edificação.
Importância histórica
A Estação Leopoldina, construída no início do século XX, desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico e urbano de Vila Velha. A estação foi um ponto estratégico de conexão entre a cidade e outras regiões do Espírito Santo, facilitando o transporte de mercadorias e pessoas. Além disso, a estação contribuiu para a expansão da malha ferroviária no estado, integrando o município ao cenário econômico nacional. A estrutura arquitetônica da estação reflete o estilo da época, com elementos que testemunham o progresso e a modernização do início do século passado.
Já o Forte São Francisco Xavier da Barra, localizado no Sítio Histórico da Prainha, foi construído no século XVI e é um dos mais antigos marcos históricos da cidade. Erguido para proteger a entrada da baía de Vitória contra invasões, o forte desempenhou um papel defensivo essencial durante o período colonial. A estrutura do forte, composta por muralhas de pedra e canhões, é um testemunho da engenharia militar da época e da importância estratégica da região para a Coroa Portuguesa.