O governador do Estado, Renato Casagrande, retornou, nesta quarta-feira (10), ao município de Mimoso do Sul, um dos mais atingidos pelas fortes chuvas no final de março, para acompanhar os trabalhos de limpeza e reconstrução da infraestrutura da cidade. Casagrande esteve presente nos locais de atendimento à população e aos empreendedores locais afetados pela tragédia. Foi anunciado o repasse de mais R$ 1,68 milhão para o Hospital Apóstolo Pedro para atendimento de urgência e emergência.
De acordo com o Termo de Aditivo ao acordo firmado pela Secretaria da Saúde (Sesa) como hospital, o valor será repassado em seis parcelas mensais de R$ 289 mil para custear dez novos leitos de retaguarda clínico, além de incentivo de Urgência e Emergência e 20 leitos para pessoas com transtornos mentais decorrentes do uso de álcool, crack ou drogas.
Casagrande conversou com populares e comerciantes, além de realizar uma visita a estrutura montada por diversos órgãos do Governo do Estado que atuam no local desde as primeiras horas após as chuvas registradas nos últimos dias 22 e 23 de março. Essa foi a quinta ida do governador a Mimoso do Sul após as fortes chuvas que atingiram o município. Ele já esteve presente em outros municípios atingidos da região. Ao todo, 13 cidades decretaram Situação de Emergência em decorrência da enxurrada.
“Está claro que ainda temos muito trabalho com a limpeza da cidade. Estamos nos concentrando nessa fase que já não é mais aquela lavagem grossa, mas aquela fina que gera muita poeira. Nosso esforço nos próximos dias será para desobstruir as rodovias para que possamos ter mais facilidade no ir e vir para o interior. As agências do Banestes e Bandes já estão funcionando para que possam ajudar quem necessita de linhas de crédito”, afirmou o governador.
Durante a visita, Casagrande destacou que o Governo do Estado vai seguir atuando de forma reforçada na região até o encerramento da Situação de Emergência. “Nossa Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) está permanentemente aqui com o Cartão Reconstrução, que foi reajustado para R$ 3,5 mil. O Departamento de Edificações e de Rodovias (DER-ES) vai ficar no município fazendo toda a reconstrução necessária e o nosso Corpo de Bombeiros, em parceria com o prefeito Peter Costa, estará ajudando no que for preciso”, completou.
O prefeito de Mimoso do Sul, Peter Costa, agradeceu a atuação do Governo do Estado no município. “É mais um dia de muita luta e sempre com o Governo estadual presente com várias Secretarias. O governador disse que não vai faltar apoio para a reconstrução e temos certeza disso! Em alguns dias já começa o pagamento do Cartão Reconstrução e pedimos que esses gastos sejam feitos no próprio município para que não falte emprego e os próprios comerciantes também possam começar a ter suas vendas normalizadas”, pontuou.
Dados
Segundo o relatório do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), com base em dados coletados até essa terça-feira (09), já foram solicitados R$ 15,33 milhões em crédito emergencial. Ao todo, foram protocolados 57 pedidos oriundos de empresas localizadas em Mimoso do Sul.
Em relação ao Nossocrédito Emergencial Enchente, que é desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes), em parceria com o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), já foram realizadas 141 solicitações, somando mais de R$ 3 milhões em pedido de crédito.
Todas essas linhas são subsidiadas pelo Governo do Estado, com objetivo de apoiar a reestruturação de empreendimentos que tiveram prejuízos com as chuvas. No dia seguinte à tragédia, o governador Casagrande anunciou o aporte de R$ 50 milhões do Fundo de Fortalecimento da Economia Capixaba (Fortec), com juros à metade da taxa Selic para a recuperação das empresas locais. A linha Bandes Emergencial apoia, com capital de giro, empreendedores sediados nos municípios declarados em Situação de Emergência.
Já o Nossocrédito Emergencial Enchente vai liberar até R$ 21 mil, com 12 meses de carência, ou seja, para iniciar o pagamento, mais 36 meses para o pagar as parcelas, totalizando 48 meses para quitar o débito. Tudo isso, com um custo zero para os empreendedores dos locais afetados.