SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, revogou uma extensão do Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) que permitia que 600 mil venezuelanos residissem e trabalhassem no país.
A informação foi revelada pelo jornal The New York Times nesta terça-feira (28).
Joe Biden havia acrescentado mais 18 meses de duração ao programa dias antes de ser substituído por Donald Trump na Casa Branca.
Sob o democrata, o TPS concedido a estrangeiros que não podem retornar com segurança aos seus países por motivos de conflito, desastre natural e outros foi ampliado de modo a atender cidadãos de países como Ucrânia, Sudão e El Salvador, além da Venezuela.
Segundo o Pew Research Center, até março de 2024 cerca de 1,2 milhão de migrantes no país poderiam ser beneficiadas pelo TPS ou já tinham sido aprovados para participar dele.
Destes, a maioria seria da Venezuela, país que segundo o governo Biden continuava enfrentando uma “grave emergência humanitária” decorrente das “crises política e econômica sob o regime desumano de [Nicolás] Maduro”.
O chavista assumiu seu terceiro mandato neste mês, após eleições acusadas de fraude por grande parte da comunidade mundial os EUA, assim como vários outros países, reconhecem a vitório do opositor de Maduro nas urnas, Edmundo González.
Trump tentou eliminar o TPS em seu primeiro governo, mas foi impedido de fazê-lo pela Justiça. Ele assinou um decreto ordenando uma revisão do programa assim que assumiu o novo governo, menos de dez dias atrás.
Noem tem até sábado (1º) para decidir o que fazer com os casos dos venezuelanos cuja proteção pelo TPS expira em abril. Do contrário, a medida será renovada automaticamente por seis meses.
O Departamento de Segurança Interna não respondeu a um pedido de comentário sobre o tema inicialmente.