Um homem de 32 anos foi preso em Nova Venécia, no Noroeste do Espírito Santo, suspeito de utilizar jogos online e redes sociais para aliciar crianças e adolescentes e cometer abusos sexuais. Na residência do investigado, foram apreendidos materiais que comprovam os crimes contra menores de idade.

As investigações apontam que o suspeito usava plataformas como Roblox, Free Fire, Instagram e WhatsApp para se aproximar das vítimas, que incluíam meninos e meninas com idades entre 9 e 13 anos. Segundo a delegada Amanda Oliveira, responsável pelo caso, o homem primeiro estabelecia um vínculo de confiança com os menores através desses meios.

O caso veio à tona após a mãe de um adolescente de 13 anos procurar a Polícia Civil. Ela começou a suspeitar ao notar mudanças significativas no comportamento do filho, que se tornou mais quieto, isolado e deixou de participar das atividades familiares. Ao verificar as redes sociais do jovem, a mãe descobriu diversas conversas de cunho sexual com o suspeito.

A delegada relatou que, nessas conversas, ficou evidente o aliciamento, com o investigado induzindo o menor a enviar vídeos manipulando o próprio corpo. Após a descoberta, o suspeito chegou a contatar a mãe da vítima na tentativa de intimidá-la para que não efetuasse a denúncia, mas não obteve sucesso.

As investigações revelaram que os crimes não se limitavam ao ambiente virtual. O homem também é suspeito de abusar presencialmente de crianças e adolescentes em sua própria casa. No local, foram encontradas imagens que, segundo a delegada, comprovam os abusos contra múltiplas vítimas, incluindo uma menina de 9 anos.

O suspeito foi localizado e preso em um viveiro onde trabalhava, também em Nova Venécia. No momento da abordagem, colegas de trabalho não o reconheceram pelo nome verdadeiro, pois ele utilizava uma identidade falsa e se apresentava como “Lucas”.

A polícia também descobriu que o indivíduo já havia sido preso no ano de 2023 por um crime de natureza semelhante. Ele foi autuado por aliciamento, corrupção de menores e uso de identidade falsa, e a Justiça foi acionada com um pedido de prisão preventiva.