Novas projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgadas nesta quinta-feira (22), indicam que a população idosa do Brasil deve chegar a quase 38% até 2070. Esse cenário reflete o processo de envelhecimento crescente no país, que deve se intensificar nas próximas décadas. Atualmente, em 2024, as pessoas com 60 anos ou mais representam 15,6% da população, e essa proporção deve aumentar para 37,8% até 2070.
Em números absolutos, o total de habitantes com 60 anos ou mais deve mais que dobrar, passando de cerca de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070. Dessa forma, os idosos devem se tornar o grupo mais representativo da população, superando as faixas etárias de 40 a 59 anos (25,6%), de 25 a 39 anos (15,5%), de 0 a 14 anos (12%) e de 15 a 24 anos (9,2%) no final do período projetado.
Entre 2023 e 2070, o total de habitantes no Brasil deve diminuir de 211,7 milhões para 199,2 milhões, conforme o IBGE. O percentual de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos deve diminuir de 20,1% em 2023 para 12% em 2070.
No ano passado, a faixa etária de 40 a 59 anos era a mais representativa (26,2%), seguida por pessoas de 25 a 39 anos (23,3%), de 0 a 14 anos (20,1%), de 60 anos ou mais (15,6%) e de 15 a 24 anos (14,8%). O envelhecimento da população tem diversas implicações para o país. A expectativa de vida mais longa indica avanços nos cuidados de saúde e bem-estar, o que é amplamente positivo. No entanto, a mudança demográfica pode pressionar as despesas com previdência e criar desafios para o crescimento econômico, possivelmente reduzindo a força de trabalho.
Outros dados das projeções do IBGE ilustram o envelhecimento no Brasil. A idade mediana, por exemplo, deve aumentar de 34,8 anos em 2023 para 51,2 anos em 2070. Essa estatística divide a população em duas metades, uma mais jovem e outra mais velha. Em 2023, os estados com as maiores idades medianas eram o Rio Grande do Sul (37,8 anos) e o Rio de Janeiro (37,3 anos), enquanto Roraima tinha a menor (26,8 anos). Para 2070, a expectativa é de uma “convergência” para idades medianas mais elevadas, com o Distrito Federal previsto para ter a maior idade mediana (53,3 anos) e Mato Grosso, a menor (44,8 anos).