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Insurreição de Queimado completa 175 anos nesta terça-feira (19)

Nesta terça-feira, dia 19 de março, é a data da Insurreição de São José do Queimado, que faz parte da história cultural da Serra. Ela é considerada o maior movimento contra a escravidão que já aconteceu no Estado do Espírito Santo e completa 175 anos em 2024.

A insurreição aconteceu em 19 de março de 1849 quando houve a revolta dos escravizadospor conta de uma promessa não concretizada de liberdade, feita pelo frei italiano Gregório José Maria de Bene aos escravos da localidade de São José do Queimado, hoje distrito da Serra.

A promessa do frei era um combinado com os escravizados das fazendas vizinhas e de outras regiões da Grande Vitória, para que ajudassem na construção da Igreja de São José do Queimado, com a autorização dos seus senhores, e assim iriam ganhar a carta de alforria, garantindo a liberdade deles. No dia 19 de março de 1849, na inauguração da Igreja, a promessa não foi cumprida, fazendo com que eles começassem a revolta.

A rebelião foi liderada por Chico Prego, Elisiário Rangel e João da Viúva, e contou com a participação de mais de 300 pessoas escravizadas, entre homens e mulheres, com o objetivo de tomar a liberdade prometida.

A maioria dos protestantes foi presa e julgada, cinco deles condenados à morte. Um dos líderes da Revolta, Elisiário Rangel, escapou da cadeia e refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. João da Viúva foi enforcado na Vila do Queimado. Já Chico Prego foi capturado e enforcado em 11 de janeiro de 1850. Hoje, ele da nome à Lei de Incentivo Cultural do Município.

Além de ser considerado o maior movimento contra a escrevidão em território capixaba, é um dos mais expressivos do Brasil, comparado à Guerra dos Palmares.

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