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Já vivemos distopia como ‘Elysium’, diz Alice Braga na CCXP 2024

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Alice Braga participou de sua primeira CCXP nesta sexta-feira (6) para divulgar sua nova audiosérie com a Audible, "Yawara".

Para a atriz, o presente já é distópico. Questionada em coletiva de imprensa se a humanidade está caminhando para uma versão de seu filme distópico

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Alice Braga participou de sua primeira CCXP nesta sexta-feira (6) para divulgar sua nova audiosérie com a Audible, “Yawara”.

Para a atriz, o presente já é distópico. Questionada em coletiva de imprensa se a humanidade está caminhando para uma versão de seu filme distópico “Elysium” (2013), Alice exclamou: “A gente já virou! O Elon Musk já está querendo habitar Marte. É uma loucura, já estamos numa distopia. ‘Yawara’ é muito sobre isso, a gente fala do passado mas também falando do agora”.

Em “Yawara”, ela e a professora Daiara Tukano expõem o genocídio indígena que aconteceu durante a ditadura. Alice diz que já tinha afinidade com a pauta indígena, e com a audiosérie conseguiu realizar o sonho de ser jornalista: “Sou filha de jornalista, sempre quis interpretar uma jornalista!”

Ela faz um paralelo da audiosérie com o filme “Ainda Estou Aqui”, que também aborda os crimes da ditadura. “A gente vê a alegria de o ‘Ainda Estou Aqui’ estar com dois milhões de espectadores, isso é tipo Copa do Mundo. A gente tem que celebrar nosso cinema, nossa arte, nossa história”.

Daiara Tukano tem uma relação especial com “Ainda Estou Aqui”. Pesquisadora especializada no direito à memória, ela nasceu em 1982, quando os cartórios proibiam o registro de crianças com nomes indígenas. Foi a advogada Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”, quem assinou o parecer para que Daiara recebesse seu nome.