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Janeiro Roxo: conheça o Programa de Vila Velha no Controle da Hanseníase

O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização e alerta sobre o combate à hanseníase, através da campanha Janeiro Roxo, política adotada pelo Ministério da Saúde sobre a doença que, embora tenha cura, ainda é carregada de estigmas. Em Vila Velha, munícipes com suspeita da doença têm acolhimento e tratamento através do Programa Municipal de Controle da Hanseníase.

O primeiro mês do ano é dedicado à conscientização e alerta sobre o combate à hanseníase, através da campanha Janeiro Roxo, política adotada pelo Ministério da Saúde sobre a doença que, embora tenha cura, ainda é carregada de estigmas. Em Vila Velha, munícipes com suspeita da doença têm acolhimento e tratamento através do Programa Municipal de Controle da Hanseníase.

Os usuários devem buscar atendimento na Unidade de Saúde mais próxima à sua residência, onde será avaliado pelo médico ou enfermeiro, que vai analisar a queixa, fazer exame clínico e, se necessário, o encaminhamento para uma das unidades de referência do Programa Municipal de Controle da Hanseníase: na Prainha, responsável pelo acolhimento aos usuários encaminhados pelas Unidades de Saúde das regiões 1, 2 e 5 e Paul, que atende os moradores das regiões administrativas 3 e 4.

Nas Unidades de referência, os usuários são atendidos por médico dermatologista com larga experiência em hanseníase, que continua a investigação até o diagnóstico ou descarte da doença. Inclusive, munícipes atendidos na rede privada também são acolhidos. Para isso, é necessário portar a avaliação de seu médico ou dermatologista e entrar em contato com a Unidade de referência para agendamento da consulta, pelos telefones (27) 99808-3351 (Prainha) ou (27) 99223-7683 (Paul).

Equipe multidisciplinar

O Programa Municipal de Controle da Hanseníase é formado por uma equipe multidisciplinar, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente social, farmacêuticos e bioquímicos. Os especialistas são os hansenólogos Luis Carlos da Vitoria e Simone P. da Cruz e a dermatologista Renildes Leia B Gasparini.

No programa são ofertados, em todas as Unidades de Saúde, serviços como acolhimento e avaliação dos casos suspeitos, acompanhamento com assistente social e direcionamento aos programa sociais; assistência odontológica; e nas duas Unidades de referência, o teste rápido imunológico da hanseníase e avaliação de todos os contatos domiciliares e profilaxia com a vacina BCG aos indicados pelo especialista do programa municipal.

Sobre a doença

Vilma Canuto, enfermeira e referência técnica do Programa de Controle de Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), explica que trata-se de uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. “Afeta principalmente as mucosas e os nervos periféricos (braços, pernas, face) mas pode se estender a outros órgãos em fases avançadas da doença”.

Ela informa ainda que a hanseníase não mata como acontece nas doenças agudas como dengue, Covid19 ou meningite, mas causa um enorme dano pessoal, emocional e social por ser doença crônica. “Se não for diagnosticada e tratada de forma adequada o mais precocemente pode ocasionar incapacidades físicas permanentes, danos emocionais/psicológicos que necessitam acompanhamento e intervenção contínua. Além dos danos ao seu portador, a doença traz danos também à sociedade e aumentam os custos com o tratamento das sequelas físicas e psicológicas”, explica.

Hanseníase no Espírito Santo

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo com maior número de casos de hanseníase no mundo e primeiro lugar com maior risco de adoecer pela doença.

De acordo com as plataformas e-SUS VS/SINAN, em 2023, no Espírito Santo, foram notificados 612 casos de hanseníase, sendo 56,5% dos casos concentrados na região metropolitana. Em Vila Velha, foram registrados 45 casos novos da doença, sendo o maior número na faixa etária entre 30 e 59 anos.

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