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Política em Foco

Ministro Haddad, o Técnico

A comunicação política é um instrumento de convencimento e não de transmissão de dados.
É muito melhor falar diretamente com o público, do que passar pelo filtro de negatividade da mídia tradicional (Elon Musk).

A esquerda brasileira parece ter esquecido como ler e interpretar o cenário político. Antes, as pautas sociais e trabalhistas eram sua “confissão de fé”, porém, com o passar do tempo, foram substituídas pelo identitarismo moderno, uma imposição minoritária diante de um país com fortes traços conservadores.

Como se não bastasse esse equívoco, a pauta econômica da esquerda tornou-se um grave problema que acompanha o país desde a era Dilma Rousseff, um trauma na essência e na imagem do atual governo, que, além disso, erra na forma de transmitir suas ações e intenções.

Foi o que aconteceu com a discussão sobre as novas regras do Pix, o que obrigou o governo a recuar. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), não consegue se comunicar com a população e suas explicações são confusas e parecem palestras para os assoberbados acadêmicos, um tom inseguro e que não convence quem ouve.

Um exemplo de comunicação direta e preventiva está acontecendo no México, com a presidente Claudia Sheinbaum. Ela não terceiriza suas inserções, não tem porta-voz e não foge dos tencionados embates, criando uma conexão próxima, rápida e eficaz com os mexicanos. Desta forma, ela não deixa seus adversários maximizarem as duvidosas narrativas contra o seu governo, uma estratégia que vem sufocando a oposição e blindando sua gestão.

Portanto, a esquerda governamental brasileira precisa reaprender a ler e a interpretar a política e seus contextos, caso contrário, será novamente varrida e reduzida pela nova ordem da comunicação.

Fernando Haddad pode até ser um bom técnico, mas está bem longe de ser um bom comunicador!

É natural de Vila Velha – ES, cidade onde reside. Graduado em Teologia e Ciências Políticas, com especialização em pesquisa, comunicação e estratégia política. Já atuou como secretário municipal de Gestão e Planejamento e como coordenador de comunicação parlamentar. Há quase duas décadas estuda e participa dos movimentos políticos do cenário nacional e do Estado do Espírito Santo, com análises e projeções.
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