SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Eduardo Brandão, tradutor de obras de literatura, ciências humanas e infantojuvenis, morreu nesta quinta-feira (5), aos 78 anos.
“O Corcunda de Notre Dame” de Victor Hugo, “A Casa do Silêncio” de Orhan Pamuk e “2666” de Roberto Bolaño são alguns dos mais de cem livros que ele traduziu em editoras como a Companhia das Letras.
Ao comunicar sobre a morte do tradutor, pelas redes sociais, a casa o chamou de “mestre dos trocadilhos” e afirmou que “deixa um legado de amor aos livros e de imenso respeito aos autores e à literatura.”
Passando de Rousseau e Balzac a “Tintim” e Becky Bloom, Brandão dizia que “Os Detetives Selvagens”, de Bolaño, foi o mais difícil que traduziu.
“Eu tive uma sorte danada com esse livro, porque acabei encontrando uma pessoa que me ajudou. Mandei um email para essa moça. Ela conheceu o Bolaño lá no México e era da região onde se passava boa parte das histórias do livro”, contou ele em entrevista em 2010.
O carioca começou a se dedicar à tradução a partir da década de 1970, depois de trabalhar como repórter do jornal diário Correio da Manhã de 1966 a 1968.