SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A mostra temporária “Línguas africanas que fazem o Brasil” se tornou a mais visitada da história do Museu da Língua Portuguesa desde sua reinauguração, em julho de 2021. Mais de 220 mil pessoas visitaram o espaço entre a abertura da exposição, em maio, e o último domingo (26).
Em cartaz até 9 de fevereiro, a mostra aborda a influência de línguas africanas, como o iorubá e o quicongo, na formação do português brasileiro. Seja no vocabulário, na maneira de pronunciar as palavras ou de entoar frases, essas línguas foram decisivas na configuração do nosso português.
Palavras como xingar, marimbondo, bunda, dendê, canjica, minhoca e caçula foram influenciadas pelas mais de 4,8 milhões de pessoas africanas trazidas ao país, de forma violenta, durante o período da escravidão.
Além de valorizar a língua, a curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana valoriza outras manifestações culturais, como as artes visuais, a música, a arquitetura, as festas populares e rituais religiosos.
“Línguas africanas que fazem o Brasil” foi premiado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil de São Paulo por sua expografia, assinada por Stella Tennembaum Projetos.