Uma mulher foi presa em flagrante pela Polícia Federal na tarde da última quinta-feira (3), no município de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, ao tentar sacar valores do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) utilizando um documento falso em nome de outra pessoa. A abordagem aconteceu dentro de uma agência da Caixa Econômica Federal, onde a suspeita tentava concluir a operação de forma fraudulenta.
Durante a ação, os policiais federais apreenderam o documento falso apresentado pela mulher e o aparelho celular que estava com ela no momento da abordagem. Os materiais foram encaminhados para análise, e a Polícia Federal agora investiga se há envolvimento de outras pessoas no crime, o que poderia indicar a atuação de uma organização criminosa especializada em fraudes contra benefícios sociais.
Em nota, a Polícia Federal informou que a prisão faz parte de um esforço contínuo para proteger a fé pública e combater a prática de estelionatos que visam recursos públicos e benefícios sociais. Segundo a corporação, há um aumento na atuação de quadrilhas que utilizam documentos falsificados para acessar indevidamente verbas federais, como o FGTS, seguro-desemprego e aposentadorias, o que tem gerado prejuízos significativos aos cofres públicos.
A mulher, que não teve a identidade divulgada, foi levada para a Delegacia da Polícia Federal em São Mateus, onde prestou depoimento e foi autuada em flagrante. Após os procedimentos de praxe, ela foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.
Ela poderá responder pelo crime de estelionato previdenciário, tipificado no artigo 171, parágrafo 3º, do Código Penal, com pena que varia de um a cinco anos de reclusão, além de multa. Caso seja comprovado que ela agia com o apoio de outras pessoas ou fazia parte de um grupo criminoso organizado, novas acusações poderão ser incluídas ao longo da investigação.
A Caixa Econômica Federal informou que colabora com as autoridades nas investigações e que conta com sistemas de segurança para detectar movimentações suspeitas em suas agências, além de atuar preventivamente contra tentativas de fraude. A instituição reforçou que clientes que identificarem qualquer movimentação indevida em seus benefícios devem procurar uma agência para registrar o ocorrido e solicitar a devida apuração.
A Polícia Federal segue com as investigações e não descarta novas prisões nos próximos dias, caso o inquérito aponte para a existência de uma rede criminosa envolvida com esse tipo de golpe.