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Orquestra Sinfônica do Espírito Santo se apresenta pela primeira vez na Sala Minas Gerais

Os músicos da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) já estão de malas prontas para se apresentar na Sala Minas Gerais, espaço de escuta sensível, capaz de ampliar ainda mais a experiência musical. Sob regência do maestro Helder Trefzger, o concerto tem patrocínio do Instituto Cultural Vale e inaugura a Série Interestadual no dia 20 de abril, às 20h, com ingressos a preços populares.

No repertório, a Oses interpreta a obra “Fragmentos Mahlerianos”, do compositor capixaba Marcelo Rauta, que propõe um olhar atual sobre a grandiosa “Sinfonia n.º 1” do tcheco-austríaco Gustav Mahler – que será executada em sequência nesse mesmo concerto.

Segundo o maestro Helder Trefzger, a orquestra vive uma nova fase em sua história, com uma gestão mais moderna e eficaz, que possibilita alcançar novos patamares de qualidade, em sua incessante busca por excelência artística. “Com um público já consolidado no Espírito Santo, novos desafios agora se descortinam. Com o importante apoio do Instituto Cultural Vale, a Série Interestadual se torna uma realidade que muito nos incentiva. A Sala Minas Gerais é uma das referências nessa área e estamos felizes e empenhados em fazer o nosso melhor, levando ao publico música de qualidade”, afirma.

Ao escrever “Fragmentos Mahlerianos”, o compositor capixaba Marcelo Rauta (1981) propôs uma síntese da “Sinfonia n.º 1”, de Mahler, a partir de partículas dos quatro movimentos, recriadas por ele de maneira original, imprimindo o seu estilo em um diálogo entre presente e passado.

A música foi um veículo utilizado por Gustav Mahler (1860-1911) para resolver questões pessoais que o perseguiram ao longo da vida. Uma delas foi a obsessão para encontrar o sentido da existência, algo que ele sempre buscou.

Gustav Mahler escreveu a sua primeira sinfonia entre 1885 e 1888. O título inicial era “Titan”, poema sinfônico em forma de sinfonia. Após algumas revisões, Mahler suprimiu esse título, que fazia referência a um romance de Johann Richter, que retrata a vida de um herói cuja única arma é uma excepcional força de exaltação, imaginação e sonhos puros.

Mahler reconheceu como suas as aspirações desse herói. Segundo ele, a narrativa da sinfonia descreve “um homem forte e heroico, sua vida e sofrimentos, suas batalhas e derrotas nas mãos do Destino”. No final, o herói é exposto aos mais temíveis combates e a todas as tristezas do mundo. Após os percalços preparados pelo Destino, o herói triunfa sobre a morte – temas do primeiro movimento trazem as memórias gloriosas da juventude e um grande e majestoso coral proclama definitivamente o seu êxito.

O maestro 

Helder Trefzger atua há mais de 30 anos como maestro titular da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo (Oses). Estudou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Universidade de Brasília (UnB). Teve aulas complementares com professores do Conservatório de Moscou (Rússia), Manhattan School of Music (Estados Unidos) e Arts Academy – Istituzione Sinfonica di Roma (Itália). Mestre em Música (Regência – Práticas Interpretativas), já dirigiu, como maestro convidado, algumas das principais orquestras brasileiras e várias do exterior, em países como Itália, Portugal, Polônia, México e Chile.

A orquestra

Considerada uma das mais relevantes organizações culturais do Espírito Santo, a Oses teve sua origem, a partir de 1977, na Orquestra de Câmara do Espírito Santo. Formada por músicos da Banda de Música da Polícia Militar e por professores e alunos da Escola de Música do Espírito Santo (atual Faculdade de Música do Espírito Santo), a orquestra reunia nomes de destaque, como o casal Alceu e Vera Camargo, pioneiros na formação de músicos de cordas.

Após um breve período como orquestra clássica, tornou-se filarmônica, até se firmar como Orquestra Sinfônica do Espírito Santo. Ao longo de suas mais de quatro décadas de atividades, passaram por ela os maestros Victor Marques Diniz, Jaceguay Lins, Wenceslau Moreira, Mário Candiani, Leonardo Bruno e, desde 1992, Helder Trefzger. Também atuaram como assistentes os maestros Modesto Flávio, Leonardo David, e, atualmente, Sanny Souza.

Atualmente, a Companhia de Ópera do Espírito Santo (Coes), organização social sem fins lucrativos, é a instituição gestora da Oses, que permanece como corpo artístico público, mantida com recursos diretos do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria da Cultura (Secult) e de Leis de Incentivo.

Serviço: 

Série Interestadual

Com Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses)

Quando: 20/04 (sábado)

Horário: às 20h

Local: Sala Minas Gerais, Rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto, Belo Horizonte

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Repertório:

“Fragmentos Mahlerianos”, de Marcelo Rauta

  • Allegretto

“Sinfonia nº 1”, de Gustav Mahler

  • Langsam, Schleppend
  • Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell
  • Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
  • Stürmisch bewegt