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Paes confirma fechamento do aeroporto Santos Dumont durante cúpula do G20

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou nesta quinta-feira (31), que o aeroporto Santos Dumont ficará fechado durante a cúpula dos chefes de Estado do G20, nos dias 18 e 19 de novembro. Os voos serão deslocados para o aeroporto

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou nesta quinta-feira (31), que o aeroporto Santos Dumont ficará fechado durante a cúpula dos chefes de Estado do G20, nos dias 18 e 19 de novembro. Os voos serão deslocados para o aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão, na zona norte da capital fluminense.

O pedido foi feito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve oficializar a decisão até esta sexta-feira (1º), segundo Paes. “Eu conversei com o presidente [Lula] ontem pela manhã, por isso ousei tornar público o nosso pedido”, disse o prefeito durante entrevista coletiva de apresentação do plano operacional para a cidade durante o evento.

Paes já havia defendido o fechamento do Santos Dumont, nesta quarta (30) durante a entrega das obras de revitalização do MAM (Museu de Arte Moderna do Rio), sede da cúpula.

O fechamento do aeroporto já havia sido solicitado pelo Itamaraty. De acordo com pessoas que acompanham os preparativos ouvidas pela Folha, a pasta argumentou que o Santos Dumont está dentro da área vermelha, a mais restrita entre os anéis de segurança preparados para o evento. Inicialmente a FAB (Força Aérea Brasileira) havia decidido manter o aeroporto aberto.

O prefeito do Rio defende que a medida é necessária por motivos de segurança e logística, já que o acesso ao terminal ficaria prejudicado por conta dos bloqueios previstos para a região onde é localizado.

“Já oficiei isso formalmente. Sei que um monte de companhia aérea está meio infeliz comigo, mas entendemos que é uma necessidade”, afirmou Paes.

Ainda durante a coletiva, Paes afirmou que o governo federal deve anunciar a decretação da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para reforçar a segurança do evento.

“O que a gente sabe é que eles já decidiram pela GLO, mas quem vai detalhar são as forças federais com o governo do Estado”, disse.

Na terça-feira (29), o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, havia afirmado que haverá um novo decreto para uma operação de GLO na capital fluminense.

Além da reunião dos líderes mundiais nos dias 18 e 19, o Rio de Janeiro também irá receber uma série de eventos entre os dias 14 e 19 de novembro, como o U20 (Urban20 Summit), a cúpula de prefeitos do G20, e o G20 Social, evento da sociedade civil, realizado na região portuária.

A prefeitura decretou feriado municipal para algumas categorias profissionais nos dias 18 e 19 de novembro, para facilitar o deslocamento das delegações. Com isso, haverá um megaferiado de seis dias (de 15 a 20 de novembro) no município.

Nesses dias, porém, funcionam: comércio de rua, academias de ginástica, pontos turísticos, teatros, cinemas, bares, restaurantes e empresas jornalísticas.

O prefeito divulgou ainda uma série de alterações no funcionamento da cidade para o G20, com interdição total do Aterro do Flamengo, suspensão de áreas de lazer da região, supressão de vagas de estacionamento nas proximidades de hotéis e restrições de acesso à zona portuária.

O esquema começa a ser implantado gradativamente a partir do dia 14 até o dia 20 de novembro, e será monitorado por quatro drones e um helicóptero.

A principal rota das delegações é a Linha Vermelha, que não ficará fechada ao tráfego, exceto quando houver passagens de delegações. A avenida Brasil será uma rota alternativa.

As orlas da zona sul e da Barra da Tijuca, na zona oeste, e a Linha Amarela também ficarão abertas, mas com interrupções ao tráfego na passagem de delegações.