
Reprodução: Internauta
A Região 5 de Vila Velha viveu um período de terror com uma sequência de ataques a tiros que deixaram um rastro de sete mortes em apenas quatro dias. Agora, novas imagens de um circuito de segurança, que vieram à tona, ajudam a Polícia Civil a traçar a conexão entre os crimes e reforçam a principal linha de investigação: uma violenta guerra entre facções rivais pelo controle do território.
O vídeo em questão registra a execução ocorrida em uma padaria no bairro Ulisses Guimarães, na manhã do dia 17 de junho. As cenas, de extrema violência, mostram a ação coordenada de um grupo de quatro homens fortemente armados, um deles portando um fuzil, que perseguem um suposto rival para dentro do estabelecimento comercial, que estava em pleno funcionamento. A vítima principal foi encurralada e morta no local com aproximadamente quinze disparos, a maioria na cabeça. Em meio ao caos, uma cliente, dona de um quiosque na região e sem qualquer envolvimento com a briga, também foi atingida por dois tiros, mas sobreviveu e passa bem.
A investigação ganhou força ao conectar este ataque a outro, ocorrido horas antes na mesma data, no bairro Normília da Cunha. Neste primeiro crime, dois jovens, de 18 e 19 anos, foram mortos a tiros enquanto assistiam a uma partida de futebol em um bar. A principal pista que une os dois eventos é um carro preto, com características similares, visto por testemunhas em ambos os locais. Este mesmo veículo foi encontrado abandonado horas depois do segundo ataque, no bairro Riviera da Barra, consolidando a suspeita de que o mesmo grupo armado está por trás da onda de violência. Além disso, um carro usado no primeiro ataque foi encontrado incendiado, uma tática comum para destruir provas.
A brutalidade da disputa fica evidente no perfil de algumas das vítimas. No ataque em Normília da Cunha, um dos jovens mortos era autista e, segundo informações apuradas, não tinha qualquer ligação com atividades criminosas, sendo mais uma vítima inocente no fogo cruzado.
A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha está à frente do caso. Embora detalhes sejam mantidos em sigilo para não prejudicar o trabalho, a Polícia Civil já confirmou que alguns dos suspeitos foram identificados e que as investigações estão avançadas. As autoridades reforçam o pedido de colaboração da comunidade, que pode fornecer informações cruciais de forma anônima pelo Disque-denúncia (181), ajudando a levar os responsáveis à Justiça.