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Restauro e reforma da Estação Leopoldina avançam e 80% da obra está concluída

Uma obra de resgate histórico e cultural está prestes a ser entregue à comunidade pela Prefeitura de Vila Velha. A obra de restauro e reforma da Estação Leopoldina, em Argolas, está com 80% do trabalho concluído. As intervenções no prédio inaugurado em 1895 atendem aos parâmetros técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Uma obra de resgate histórico e cultural está prestes a ser entregue à comunidade pela Prefeitura de Vila Velha. A obra de restauro e reforma da Estação Leopoldina, em Argolas, está com 80% do trabalho concluído. As intervenções no prédio inaugurado em 1895 atendem aos parâmetros técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A obra tem previsão de conclusão para o primeiro semestre de 2024. O prédio abrigará um centro pedagógico para atividades extracurriculares da Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Ana Bernardes Rocha e também terá área cultural para receber exposições e um espaço destinado à história ferroviária em Vila Velha.

A obra de restauro foi retomada pela administração do prefeito Arnaldinho Borgo em janeiro de 2021. Investimento de mais de R$ 6 milhões. Entre as intervenções de infraestrutura internas já realizadas estão a instalação de elevador, para garantir a acessibilidade ao local, e a implantação de escada.

Neste momento, estão sendo executados os serviços de pintura, polimento do piso e recuperação do granito e mármore. Já a parte de recuperação da fachada depende da liberação do binário que irá desviar o trânsito de São Torquato para Paul, possibilitando ainda a execução da obra da calçada frontal, conforme explicou a secretária municipal de Obras e Projetos Estruturantes, Menara Cavalcante.

“A parte interna está quase pronta. Em relação à fachada externa, precisamos fazer um binário para desviar o trânsito e, assim, puxar o tapume para frente e subir a obra de recuperação e restauro dessa parte da estrutura. Estamos fazendo uma via alternativa por trás da Estação Leopoldina, permeando as comunidades de Chácara do Conde e Argolas, para desviar o fluxo do trânsito da frente e poder recuperar a fachada”, informou Menara.

A secretária ressaltou também a complexidade de uma obra de restauro e a importância do resgate histórico da Estação Leopoldina: “Essa não é uma obra de reforma. Por isso, é mais demorada. É uma obra de restauro e o município precisa seguir várias normativas federais, inclusive ter o acompanhamento do Iphan e de um arqueólogo da prefeitura. Durante as obras, encontramos um piso muito antigo, original da época da construção da estação. Todo cuidado é adotado para não perder nenhum detalhe da história desse prédio e garantir a preservação da nossa cultura”.

Estrutura

O prédio terá salas de informática, robótica, música e dança, biblioteca, auditório com palco, rampas, elevador (visando à acessibilidade) e escada. O atendimento ao público será no local do antigo guichê de bilheteria da estação. Contará ainda com salão central, apoio administrativo, direção, cozinha, lanchonete, hall de acesso, guarita de segurança e banheiros. Já o 2º piso vai se transformar em uma área cultural para receber exposições e um espaço com a história ferroviária em Vila Velha.

História

A antiga Estação Ferroviária de Vitória, também conhecida como Leopoldina, foi a primeira construída pela Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo (EFSES), em 1895, com apenas um galpão, o que refletia a simplicidade e o desenvolvimento da região. Por volta de 1937, a reconstrução da estação foi iniciada, mantendo até hoje o estilo Art Déco. Possui dois relógios mecânicos, datados de 1937, que também estão sendo restaurados.

A Estação Ferroviária de Vitória é parte indissociável do sistema ferroviário que caracteriza um dos grandes ciclos econômicos da História do Brasil, o cafeeiro. É um testemunho da inserção do Estado nesse relevante momento histórico.