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Santander Brasil se recupera e lucra de R$ 13,87 bilhões em 2024

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Santander Brasil se recuperou e teve um lucro líquido gerencial de R$ 13,872 bilhões em 2024, uma alta de 50,2% em relação a 2023, quando o resultado do banco (R$ 9,4 bi) veio aquém do esperado pelo mercado.

A rentabilidade do banco também

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Santander Brasil se recuperou e teve um lucro líquido gerencial de R$ 13,872 bilhões em 2024, uma alta de 50,2% em relação a 2023, quando o resultado do banco (R$ 9,4 bi) veio aquém do esperado pelo mercado.

A rentabilidade do banco também melhorou. O ROAE (Retorno Sobre Patrimônio Médio, na sigla em inglês) indo a 17,6% no fim do ano passado, um ganho anual de 5,3 pontos percentuais.

Em 2022, primeiro ano sobre o comando do atual CEO, Mario Leão, a rentabilidade foi de 16,3%. Na gestão anterior, de Sérgio Rial, o mesmo indicador ficava acima de 20%.

“Ao longo dos últimos três anos, evoluímos na construção de um balanço mais sólido, com maior previsibilidade e rentabilidade sustentável. Temos uma visão consistente, de longo prazo, e uma estratégia clara para crescer e apoiar nossos clientes em qualquer tipo de cenário”, afirma Leão, em comunicado do banco.

No quarto trimestre de 2024, o lucro líquido foi de R$ 3,855 bilhões, um salto de 74,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, e acima da expectativa de R$ 3,7 bilhões de analistas consultados pela Bloomberg. Em relação ao trimestre anterior, a alta foi de 5,2%.

De outubro a dezembro, a margem financeira somou R$ 16 bilhões (alta anual de 16% e trimestral de 5%). O ganho foi impulsionado pelo maior spread bancário, que evoluiu 0,76 ponto percentual, para 10,49%. Já os gastos totais do banco cresceram abaixo da inflação, a 2,8%.

Um dos motores da melhoria foi o avanço anual de 6,2% da carteira de crédito expandida do banco, que atingiu R$ 683 bilhões, enquanto as contas em atraso a mais de 90 dias tiveram leve avanço de 3,1% para 3,2%.

Dessa forma, as provisões contra calote saíram de R$ 6,1 bilhões ao fim de 2023 para R$ 5,9 bilhões. No mesmo intervalo, o custo de crédito caiu de 4,0% para 3,5%.

Entre os avanços da carteira, o destaque é o crescimento de 20% no financiamento de veículos, atingindo uma carteira de R$ 73,4 bilhões no fim de 2024.

Já o crédito para pequenas e médias empresas teve alta de 9% em 12 meses, indo a R$ 84,4 bilhões.

A captação de recursos de clientes varejo pessoa física, por sua vez, cresceu 41%, atingindo R$ 23 bilhões, com foco em investimento para alta renda.

Outro destaque são os empréstimos em cartões de crédito, que tiveram alta de 16,3% no ano, para R$ 57,685 bilhões.

Em 2025, o banco perseguirá a hiperpersonalização do relacionamento com os clientes, do qual faz parte a segmentação do varejo pessoa física entre clientes Santander e Select.

Segundo Leão, banco irá priorizar ofertas e interações personalizadas. “Quero cada cliente se sentindo único e especial”, diz o CEO.

O banco também planeja agregar todos os seus aplicativos (financiamento, cartões) em apenas um, no app principal do banco. Movimento semelhante está sendo executado pelos concorrentes, em busca pela principalidade do cliente, ou seja, em busca por ser o principal banco de clientes cada vez mais multibancarizados.

“O foco é na relação principal e completa dos clientes. Não quero ser provedor de apenas uma solução”, diz Leão.

O executivo diz que, no momento, procura rentabilizar mais a base de cliente e de capital que o banco já tem.

“Entre ser maior e mais rentável, escolho ser mais rentável”, afirma Leão.

RAIO-X | SANTANDER BRASIL EM 2024

Lucro líquido: R$ 13,87 bilhões

ROAE: 17,6%

Clientes: 69,5 milhões

Funcionários: 55,6 mil

Agências: 1.239

Fundação: em atividade no mercado local desde 1982

Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Nubank

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