A Serra alcançou um marco significativo na área da saúde ao registrar, em 2025, 115,17% de cobertura vacinal com a BCG, vacina que protege contra as formas graves da tuberculose (meníngea e miliar). O índice supera a meta estabelecida e reforça o compromisso do município com a imunização da população, em especial dos recém-nascidos.
A vacina BCG é produzida com o bacilo de Calmette-Guérin — uma forma enfraquecida da bactéria que causa a tuberculose — e deve ser aplicada, preferencialmente, logo após o nascimento. Quando isso não ocorre, a dose pode ser administrada até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
De acordo com Michelle Oliveira, gerente da Vigilância Epidemiológica da Serra, o índice acima de 100% se deve ao atendimento de recém-nascidos cujas famílias residem em outros municípios, mas nasceram na Serra.
“Superar a meta é reflexo do trabalho contínuo da nossa rede de saúde para proteger a população. A BCG é essencial na prevenção das formas mais graves da tuberculose, e por isso investimos em estratégias que ampliam o acesso ao imunizante”, destacou.
Na Serra, a vacina BCG está disponível de forma gratuita em todas as grandes maternidades — públicas e privadas — e em três unidades de saúde em dias específicos e sem necessidade de agendamento:
Bairro de Fátima: segundas-feiras, das 11h às 16h
Serra Dourada: terças-feiras, das 8h às 13h
Novo Horizonte: sextas-feiras, das 8h às 14h
Esse resultado expressivo reforça o histórico positivo do município. Em 2023, a cobertura alcançou 114,58% e, em 2024, 103,80%.
A gerente também ressaltou a importância da conscientização das famílias.
“A tuberculose ainda é uma realidade no Brasil. As formas graves podem comprometer seriamente a saúde das crianças. A vacina é segura, gratuita e salva vidas. É fundamental que nenhuma criança fique sem essa proteção”, alertou.
Reações e cuidados
Segundo Joalina Venturim, enfermeira referência técnica da Rede de Frio da Serra, a aplicação da BCG costuma causar uma pequena lesão no local da injeção, que forma uma cicatriz — reação considerada normal.
“Não se deve passar nenhum produto ou retirar a casquinha que se forma. Em casos de vermelhidão excessiva, inchaço importante ou secreção purulenta, é fundamental procurar a unidade de saúde”, explicou.
Joalina reforçou que a revacinação em crianças sem cicatriz não é mais recomendada desde 2019 e que bebês prematuros com menos de 2 kg devem aguardar o peso adequado para serem imunizados.