Reprodução: Prefeitura Municipal de Muqui
Um surto ainda sem causa definida resultou na morte de cerca de 200 cães nas últimas semanas no município de Muqui, no Sul do Espírito Santo. Os primeiros casos começaram a ser registrados no início de junho e desde então vêm preocupando tutores e autoridades locais.
A Prefeitura de Muqui e o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Espírito Santo (Hovet/Ufes) uniram esforços para investigar as causas das mortes, que envolvem tanto cães domésticos quanto animais em situação de rua.
Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Priscila Durant Binott, os animais apresentaram sintomas como secreção nasal e ocular, tremores musculares, convulsões e paralisia, com rápida evolução para óbito.
“Apesar dos sintomas parecidos com cinomose, a evolução rápida da doença para a morte levantou suspeita dos pesquisadores da Ufes, que acreditam que possa ser outra doença”, destacou a secretária.
Cinomose é considerada, mas não é explicação definitiva
Um exame feito por laboratório particular identificou um caso positivo de cinomose, mas os pesquisadores da Ufes avaliam que a agressividade e velocidade da progressão da doença não são características típicas da enfermidade, levantando a possibilidade de outro agente infeccioso envolvido.
No último sábado (19), uma equipe do Hovet esteve no município e coletou amostras de sangue de 40 cães de rua, sendo que 12 deles foram resgatados e colocados em isolamento. O material foi encaminhado ao Departamento de Medicina Veterinária da Ufes e aguarda análise, assim que os reagentes forem providenciados pela própria Secretaria de Meio Ambiente.
Além dos exames laboratoriais, a equipe veterinária também realizará exames necroscópicos em animais que vierem a óbito, com o objetivo de cruzar dados clínicos, laboratoriais e anatômicos para elucidar a origem do surto.
População deve redobrar os cuidados com os pets
A Secretaria de Meio Ambiente de Muqui pede à população que evite contato com animais doentes, mantenha as vacinas em dia e reforce os cuidados de higiene, especialmente ao retornar de áreas públicas.
A Prefeitura mantém o monitoramento ativo dos casos e disponibilizou o telefone (28) 99932-6684 para dúvidas ou comunicação de sintomas. A Ufes, por sua vez, reforçou que continuará prestando apoio técnico e educativo, principalmente após a conclusão do diagnóstico.
A causa do surto segue em investigação e novas atualizações devem ser divulgadas nas próximas semanas.
