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Técnica de enfermagem é presa no ES por cobrar R$ 15 mil de paciente por tratamento alternativo

Uma técnica de enfermagem do Hospital Silvio Avidos, em Colatina, Noroeste do Espírito Santo, foi presa em flagrante nesta terça-feira (20), suspeita de cobrar R$ 15 mil por medicamentos alternativos à família de um paciente internado. A profissional, de 41 anos, será demitida, conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a funcionária solicitou o valor aos familiares de um homem que está internado há 30 dias, tratando uma infecção em uma prótese no fêmur. A esposa do paciente efetuou um pagamento inicial de R$ 600, em espécie, na última sexta-feira (16) e retornou para casa para tentar conseguir o restante do valor. Durante o fim de semana, segundo relato à polícia, a técnica de enfermagem fez diversas ligações cobrando o restante do dinheiro. Posteriormente, foi realizado um Pix no valor de R$ 5.500.

Após conversar com familiares, a vítima decidiu reaver a quantia, mas a técnica informou que não tinha mais o dinheiro. Diante da situação, a esposa do paciente procurou a direção do hospital, que acionou a Polícia Militar.

Em depoimento, a técnica afirmou que a esposa do paciente a procurou interessada em um tratamento fitoterápico alternativo que ela conhecia. Segundo a suspeita, o tratamento poderia custar até R$ 15 mil e seria adquirido em um site. A técnica alegou ainda que pretendia devolver o valor nesta quarta-feira (21), pois não possuía mais o dinheiro na conta e pediria a amigos para levantar a quantia. No entanto, foi presa antes de conseguir efetuar a devolução.

Ela foi encaminhada ao Centro de Detenção Provisória (CDP) e autuada em flagrante por estelionato qualificado.

Hospital repudia a prática e acionará o Coren-ES

Por meio de nota, a Sesa informou que a direção do Hospital Silvio Avidos acionou a Polícia Militar e o Ministério Público assim que tomou conhecimento da suspeita de prática ilegal por parte da colaboradora. A técnica de enfermagem, contratada pelo regime CLT, será demitida.

“A colaboradora é acusada de oferecer, de forma irregular, medicamento como suposta alternativa de tratamento a um paciente — prática que fere a gratuidade garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os protocolos assistenciais. A instituição reforça que presta atendimento 100% gratuito, sem qualquer tipo de cobrança, e que nunca havia recebido denúncia semelhante”, destacou o hospital.

O setor jurídico do hospital informou que encaminhará uma denúncia ao Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) para ciência e eventuais providências.

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