
Foto: Prefeitura da Serra/ Divulgação
Uma antiga demanda dos moradores da Serra pode finalmente se tornar realidade. Trata-se da implantação da Terceira Via, projeto viário que promete criar uma nova alternativa de ligação entre o município e Vitória, com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana e reduzir o tempo de deslocamento diário da população.
Segundo a Prefeitura da Serra, a captação de recursos para a obra — estimada em R$ 232 milhões — está em estágio avançado junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o Banco dos BRICS. O financiamento, no entanto, é atrelado ao dólar, o que pode gerar variações no valor final. Até o momento, ainda não há prazo definido para o repasse dos recursos.
O projeto prevê a construção de uma via que terá início no bairro São Diogo, passando pelas regiões de Hélio Ferraz e Bairro de Fátima, até se conectar com a via de acesso ao bairro Jardim Camburi, em Vitória. Apesar da ligação entre os dois municípios, todas as intervenções estão previstas para acontecer dentro dos limites territoriais da Serra.
“Todas as intervenções ocorrerão dentro dos limites territoriais da Serra, trazendo benefícios diretos à população da cidade”, reforçou a Prefeitura em nota oficial.
Com a conclusão dos estudos técnicos e os ajustes finais no traçado, o custo da obra foi revisado para R$ 232 milhões — valor que, segundo a gestão municipal, reflete uma otimização nos processos e melhorias no projeto executivo da Terceira Via.
O prefeito da Serra, Weverson Meireles, destacou que cerca de 81% da área prevista para o trajeto da nova via está situada em terrenos pertencentes às empresas Vale e ArcelorMittal. A execução da obra depende agora da formalização da doação dessas áreas.
“Estamos aguardando a formalização das doações dessas áreas por parte das empresas. Assim que a doação for finalizada, teremos condições de publicar o cronograma da obra. A previsão de execução é de até 24 meses após o início”, explicou Meireles.
O chefe do Executivo municipal também destacou os impactos positivos do projeto na qualidade de vida da população e no desenvolvimento urbano e econômico da cidade.
“Queremos reduzir o tempo que o trabalhador leva para se deslocar e aumentar o tempo que ele pode passar com sua família. Isso é uma virada de chave para o desenvolvimento ordenado e sustentável do litoral da nossa cidade”, afirmou o prefeito.
Além dos benefícios para a mobilidade, o projeto é visto pela administração municipal como um vetor de desenvolvimento para diversos setores produtivos.
“Esse projeto promove desenvolvimento produtivo, industrial, logístico e imobiliário. A Terceira Via é um vetor para o crescimento organizado da Serra”, completou Meireles.
Agora, o município aguarda a formalização dos trâmites fundiários e o avanço na liberação dos recursos para dar início à execução de uma das maiores obras de mobilidade urbana da história recente da cidade.