
Foto: Reprodução/Redes sociais
Um tubarão da espécie anequim, também conhecido como Mako, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (7) na praia de Marataízes, no Sul do Espírito Santo. O animal, que pesava cerca de 300 kg, chamou a atenção de moradores e banhistas da região da Lagoa do Siri. Segundo especialistas, o tubarão apresentava marcas de mordidas e tinha um bico de marlim cravado na cabeça, o que indica que pode ter sido atacado por outro peixe de grande porte antes de ser levado pela correnteza até a areia.
O pescador Eduardo Veríssimo, de Cachoeiro de Itapemirim, foi quem encontrou o animal e registrou imagens ao lado do tubarão, impressionado com o tamanho e os dentes do exemplar. “Achei que era uma sacola quando vi de longe. Olha o tamanho do dente do bicho fincado nele… Isso aqui será que é o bico do outro? Olha isso”, relatou, surpreso.
O biólogo João Luiz Gasparini analisou as imagens e confirmou que se tratava de um anequim, uma das espécies de tubarão mais velozes do oceano, e que o ferimento na cabeça, possivelmente causado por um marlim, pode ter sido fatal. A hipótese é que, após o ataque, o tubarão morreu e foi arrastado até a praia pelas correntes marítimas.
Animal foi retirado antes da chegada da fiscalização
O secretário de Meio Ambiente de Marataízes, Adriano Silva, informou que a equipe da pasta foi acionada, mas o tubarão já havia sido retirado da praia por populares antes da chegada dos biólogos. Apenas vestígios do local onde o animal ficou ferido foram encontrados.
“É uma ocorrência rara na Lagoa do Siri. Pedi aos biólogos que fossem ao local, mas quando chegaram, o animal já não estava mais lá. É importante reforçar que ninguém deve consumir um peixe encontrado morto na praia, pois não se sabe as causas da morte nem possíveis contaminações”, alertou o secretário.
A aparição inusitada gerou grande repercussão nas redes sociais, com moradores se impressionando com o porte do tubarão. Em um dos vídeos, uma testemunha brinca: “Falta ainda metro pro homem chegar no tamanho do bicho”.
Autoridades ambientais reforçam que casos assim, embora raros, devem ser comunicados imediatamente para avaliação técnica adequada.