A enxaqueca é mais do que uma simples dor de cabeça. Considerada uma doença neurológica, ela pode se manifestar de forma episódica ou crônica e comprometer seriamente a qualidade de vida de quem sofre com o problema. É o que explica a médica neurologista Arielle Kirmse, que atende diariamente pacientes com queixas intensas relacionadas ao distúrbio.
Entre os sintomas mais comuns estão dores fortes e pulsáteis, sensibilidade à luz e ao som, náuseas e, em muitos casos, vômito. “Eu não conseguia trabalhar, levantar da cama, ouvir barulhos, ver luzes… nem vontade de comer eu tinha. A dor me paralisava”, relatou uma paciente conhecida como DJ Japa.
A diferença entre uma dor de cabeça comum e a enxaqueca está na intensidade, duração e nos sintomas associados. Segundo Arielle, ainda não há cura definitiva para a doença, mas é possível controlar as crises e reduzir sua frequência e gravidade com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.
“Hoje o tratamento da enxaqueca se baseia em dois pilares: tratamento preventivo que lançamos mão de algumas medicações, terapia cognitiva comportamental e mudança no estilo de vida. E também o tratamento abortivo que fazemos uso de algumas medicações próprias para o alívio desse tipo de dor de cabeça”, explicou.
Estudos apontam que as mulheres são as mais afetadas pela doença, com uma frequência de duas a três vezes maior em relação aos homens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos brasileiros convivem com enxaqueca crônica.
Com informação, diagnóstico e tratamento adequado, é possível controlar a enxaqueca e retomar a rotina com mais leveza e bem-estar.