As investigações da Polícia Federal apontaram que o advogado preso nesta terça-feira mantinha contato com pelo menos quatro criminosos do Espírito Santo e atuava como intermediário entre eles e integrantes das facções que estão em liberdade. Segundo a PF, o profissional facilitava a comunicação, repassando ordens estratégicas e coordenando atividades ilícitas, o que permitia que os líderes continuassem comandando os grupos mesmo de dentro dos presídios.
De acordo com as informações divulgadas, o advogado, cujo nome não foi revelado, já havia sido suspenso do exercício da profissão em julho de 2024, por decisão judicial, justamente por envolvimento na transmissão de mensagens entre lideranças criminosas e seus subordinados. Apesar da proibição, ele continuou realizando atendimentos jurídicos a detentos em unidades prisionais, descumprindo a medida cautelar imposta pela Justiça.
A prisão faz parte de uma nova etapa das investigações que visam interromper o fluxo de comunicação entre facções criminosas dentro e fora dos presídios capixabas.