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VÍDEO: Aumento de pedidos de demissão representa mudança de comportamento dos jovens

A busca por uma rotina mais flexível e pela realização pessoal tem levado um número crescente de brasileiros a abrir mão da carteira assinada. É o caso da capixaba Gabriele, de 26 anos, que decidiu deixar o emprego em um banco para viajar o mundo e produzir conteúdo de turismo e gastronomia para as redes sociais.

Inspirada na irmã, que trocou a cidade pela praia e conquistou mais qualidade de vida, Gabriele resolveu seguir um caminho semelhante. “Ela mudou para a praia e sua qualidade de vida mudou totalmente. Isso fez com que eu me inspirasse nela”, contou.

Esse movimento reflete uma tendência nacional. Dados de uma pesquisa de consultoria com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, em janeiro deste ano, 37,9% dos desligamentos foram voluntários — o maior índice da série histórica iniciada em 2004. O levantamento aponta que o aumento nos pedidos de demissão está ligado ao aquecimento do mercado de trabalho. “Se muitas pessoas estão se desligando de seus empregos, provavelmente é porque elas estão encontrando ofertas de vagas disponíveis”, disse o economista da LCA Bruno Imaizumi. “Elas estão se demitindo de uma vaga para ser admitida em outra, seja para empreender, seja como empregadora. Alguma atividade essa pessoa está encontrando porque a economia está aquecida”, conclui.

O perfil dos que pedem demissão também chama atenção: a maioria são jovens de 17 a 24 anos, que priorizam qualidade de vida, melhores salários e novas experiências profissionais. Já os trabalhadores mais velhos tendem a valorizar a estabilidade. O grau de instrução também influencia: 44% dos pedidos de demissão partiram de pessoas com ensino superior completo ou incompleto, enquanto 25% vieram de profissionais com ensino médio e 31% de quem tem ensino fundamental.

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