Após enfrentar sérios problemas de saúde, a assessora de imprensa Dalete Campelo decidiu dar um novo rumo à própria vida. Com excesso de peso e dificuldades até para subir e descer escadas, ela optou pela colocação de um balão intragástrico. Um ano depois do procedimento, foram 25 quilos a menos e uma rotina completamente diferente. “Foi um divisor de águas na minha vida. Nunca mais precisei de oxigênio. Antes, uma médica chegou a sugerir instalar o O2 dentro da minha casa para que eu tivesse condições de descer a escada”, contou.
Hoje, Dalete frequenta a academia, vai à praia e relata melhora significativa na qualidade de vida. “Existe uma Dalete antes e uma depois do balão”, afirma, emocionada.
O balão intragástrico é um dispositivo de silicone inserido no estômago por meio de endoscopia, sem necessidade de cirurgia. Ele ocupa parte do espaço do estômago, promovendo saciedade e auxiliando no processo de reeducação alimentar. Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Felipe Mustafá, o procedimento é seguro, minimamente invasivo e indicado para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 27, o que inclui pacientes com sobrepeso.
“Esse balão é introduzido via oral pela endoscopia e vai ficar entre seis meses e um ano dentro do estômago do paciente promovendo assim uma perda de peso e uma reeducação alimentar nesse período”, explica o médico. Segundo ele, o objetivo não é apenas emagrecer, mas também oferecer uma mudança de hábitos e estilo de vida.
Antes da colocação do balão, os pacientes passam por uma bateria de exames e avaliações com equipe multidisciplinar. Após o período de uso, a retirada do dispositivo exige cuidados médicos e o sucesso do tratamento depende da manutenção dos novos hábitos adquiridos.
O caso de Dalete é um exemplo dos resultados possíveis com o procedimento. Ela ressalta que o acompanhamento profissional foi essencial para a mudança e que, mais do que estética, a decisão foi pela saúde.