A analista fiscal Isabel Cristina Leite foi a primeira mulher a participar de um estudo pioneiro sobre crioablação e hoje celebra a vitória contra o câncer de mama. “Só de saber que eu já não tinha mais aquelas células cancerígenas dentro de mim, porque isso assusta muito, foi como se eu tivesse renascido”, relatou emocionada.

O método de crioablação, que consiste em congelar e destruir tumores, já passou por duas fases de análise. Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão empenhados em comprovar as evidências científicas da eficácia desse procedimento inovador.

A técnica se mostra promissora por ser minimamente invasiva e apresentar uma recuperação mais rápida, além de reduzir o risco de complicações. Durante o processo, o tumor é congelado a baixíssimas temperaturas, o que leva à destruição das células cancerígenas. “Não tem célula humana que resista a uma temperatura tão baixa. Essa baixíssima temperatura vai destruir o tumor, inclusive com uma margem de segurança boa”, disse o chefe da mastologia da Universidade Federal de São Paulo, Afonso Celso Nazário.

Os estudos continuam avançando, com o objetivo de consolidar a crioablação como uma alternativa segura e eficiente no combate ao câncer de mama. A expectativa é de que, no futuro, o procedimento possa ser amplamente disponibilizado para pacientes em todo o país, oferecendo mais esperança e qualidade de vida.

A iniciativa representa um avanço significativo na medicina, especialmente para mulheres que enfrentam o diagnóstico da doença. Isabel é um exemplo de superação e de como a ciência pode transformar vidas.