Com a chegada do outono e a queda das temperaturas, cresce a preocupação de pais e profissionais da saúde com a bronquiolite infantil — uma inflamação comum nas crianças, especialmente em bebês de até dois anos de idade.
A bronquiolite é um processo inflamatório que atinge os bronquíolos, estruturas muito finas dos pulmões responsáveis por conduzir o ar até as regiões mais profundas do órgão. De origem viral, a doença tem maior incidência nesta época do ano e representa uma das principais causas de atendimentos em prontos-socorros, consultórios pediátricos e internações hospitalares.
“Bronquiolite, nesta época no ano, aparece demais principalmente em internações hospitalares, no consultório do pneumopediatra ou pronto-socorro”, afirma a médica Thaís Mulin. “É um processo de origem viral. Então os vírus é que causam essa inflamação”.
Segundo especialistas, os primeiros sintomas podem se confundir com os de um resfriado comum, como coriza, espirros e tosse leve. A febre pode ou não estar presente nos primeiros dias. Contudo, entre o terceiro e o quinto dia da infecção, o quadro costuma se agravar, entrando no chamado pico da bronquiolite — fase em que há risco de comprometimento respiratório mais severo.
“Ela (bronquiolite) começa com coriza, espirro ou uma tosse esporádica que não incomoda tanto. Pode ou não acontecer febre até 72 horas. E entre terceiro e o quinto dia é que a gente começa a ter o que a gente chama de pico da fase da bronquiolite”, diz Thaís.
Por isso, os pais devem ficar atentos a sinais de dificuldade para respirar, chiado no peito e piora da tosse. Diante desses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico imediato para evitar complicações.