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VÍDEO: Especialistas alertam sobre o uso de excessivo de telas por crianças

Na casa da educadora parental Monique Duarte, os filhos Miguel e Luía têm uma rotina bem diferente da maioria das crianças: o uso de celulares e dispositivos eletrônicos é restrito. A exceção foi aberta apenas durante a gravação da reportagem, mas, no dia a dia, as telas ficam de lado para dar espaço a brincadeiras livres e atividades criativas.

“Eu conheço os impactos que o excesso de telas pode trazer para a vida das crianças. Por isso, optei por promover uma infância mais saudável, onde eles possam brincar, usar a criatividade e aprender a lidar com o tédio, buscando sozinhos alternativas de diversão”, explicou Monique.

Especialistas em saúde infantil alertam para os prejuízos do uso exagerado de aparelhos eletrônicos, que pode afetar tanto o desenvolvimento cognitivo quanto o emocional das crianças. Essa preocupação reforça a escolha de Monique, que incentiva os filhos a pintar, desenhar e brincar com carrinhos, longe das telas.

Questionada se gosta das atividades sem o uso de eletrônicos, a pequena Luía respondeu sem hesitar: “Sim, muito!”

Para Monique, a decisão de limitar o tempo de tela não é fácil, mas necessária. “Dói mais na gente do que neles, mas as crianças precisam ouvir o ‘não’. Muitas vezes, achamos que dizer ‘sim’ é uma forma de demonstrar cuidado, mas o que elas realmente precisam é do limite, da regra, do valor que o ‘não’ carrega. É importante acolher o choro e a frustração, mas manter a decisão que é necessária para a vida delas”, reforçou.

Na casa da família, a televisão só é permitida nos fins de semana — uma hora e meia no sábado e mais uma hora e meia no domingo. Durante a semana, a orientação é clara: o acesso a telas é limitado e supervisionado, mesmo após os 16 anos.

Como educadora parental, Monique orienta outras famílias a adotarem práticas semelhantes. Segundo ela, quando os pais percebem o impacto negativo do uso excessivo de eletrônicos e decidem mudar, o processo pode ser desafiador no início, mas os resultados aparecem rapidamente.

“No começo é difícil, mas com organização da rotina e estrutura dentro de casa, é possível. Em cerca de uma semana, a família já percebe mudanças significativas no comportamento da criança”, garantiu.

Para Monique, mais do que limitar o acesso a telas, o mais importante é não abrir mão da convivência familiar — algo que ela faz questão de manter como prioridade em sua casa.

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