O Espírito Santo se destaca no cenário nacional quando o assunto é equilíbrio financeiro. De acordo com um levantamento recente, o estado ocupa a terceira colocação no ranking dos menos endividados do Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina e Piauí.
A boa colocação é reflexo de uma combinação entre responsabilidade fiscal das gestões públicas e maior conscientização financeira da população. “O Espírito Santo é um estado organizado. Quando olhamos o governo do Estado e as prefeituras, vemos que eles exercem a responsabilidade fiscal, gastando sempre no limite da arrecadação. E isso gera uma ambiência positiva, estabilidade nos contratos e uma boa referência para o setor privado”, explica o economista Wallace Millis.
Segundo ele, há um movimento social consolidado, com iniciativas como educação financeira nas escolas, mutirões de negociação de dívidas promovidos por órgãos como os Procons e campanhas de regularização de contas. Essas ações colaboram para que o capixaba gaste com mais consciência e prefira economizar.
Outro ponto de destaque é o cenário positivo do mercado de trabalho no estado. Só no primeiro trimestre de 2024, mais de 150 mil empregos formais foram gerados, o que reforça a capacidade da população de manter as contas em dia. “Emprego formal é estabilidade. É capacidade de pagamento”, destaca Wallace.
Com menos inadimplentes, o Espírito Santo fortalece seu poder de consumo e abre espaço para um crescimento sustentável da economia local. Para os especialistas, manter esse equilíbrio é essencial para garantir um ambiente estável e próspero tanto para os cidadãos quanto para os investidores.