O trânsito movimentado da Grande Vitória tem sido um desafio diário para motoristas, especialmente para aqueles que trabalham no setor de entregas. Gisele Nascimento, que atua como entregadora, relata as dificuldades enfrentadas nas ruas. “Se a gente parar pra estacionar, eles ficam buzinando atrás. É bem complicado. Na verdade, a gente (sic) tá precisando de mais educação no trânsito. Acho que se cada um tiver um pouquinho de educação, dá pra todo mundo dirigir e não se estressar”, comenta.

Além da impaciência dos condutores, há casos em que a tensão no trânsito resulta em ameaças. O motorista Sebastião Almeida, que trabalha para a Prefeitura de Santa Leopoldina, viveu um episódio de agressividade enquanto dirigia em Cariacica. “Um motorista jogou a carreta no meio do trânsito, tentou bater no meu carro e ainda ameaçou me agredir. É o resultado do estresse do dia a dia”, relatou.

Especialistas alertam que situações como essas podem afetar a saúde mental dos condutores. A psicóloga Gabriela Borgo explica que o estresse gerado no trânsito pode desencadear reações prejudiciais. “É importante saber que o estresse é uma reação natural do nosso corpo. Em uma situação de medo, de perigo, nos iremos mudar toda a neuroquímica do nosso cérebro, isso não é um problema desde que esteja num parâmetro normal”, afirma a psicóloga. “Quando isso se transforma em algo mais patológico, o indivíduo pode ter inúmeros prejuízos. Um deles é a insônia… ele pode ter pode ficar taquicárdico, além de inúmeros prejuízos”, completa.

A recomendação dos especialistas é que os motoristas busquem formas de reduzir a tensão ao dirigir, como ouvir música relaxante, planejar rotas alternativas e manter a paciência para evitar conflitos no trânsito.