A capital capixaba recebe até o dia 17 de outubro uma exposição dedicada à arte africana, reunindo cerca de 100 peças entre máscaras, esculturas, adornos e objetos de uso cotidiano. A mostra apresenta obras de diversas regiões da África e busca valorizar a tradição cultural e artística do continente.
As peças expostas fazem parte da coleção “África”, pertencente à Editora B, e foram selecionadas por um grupo de colecionadores, museólogos e curadores. Segundo a coordenadora da Galeria de Artes e Pesquisa da Ufes, Cláudia França, a escolha levou em conta o espaço disponível e a diversidade de estilos, funções e materiais. Muitos dos objetos têm origem ritualística e, em seus contextos originais, eram utilizados apenas em ocasiões específicas, não permanecendo em exibição constante. “ É uma exposição de fato muito importante porque ela nos coloca a par da riqueza da produção cultural de vários povos africanos”, afirmou a coordenadora.
A mostra já passou por Goiás e pelas cidades mineiras de Araxá e Uberlândia, e acontece simultaneamente em Vitória e Ouro Preto. Além de seu valor artístico, a exposição tem como objetivo aproximar o público da riqueza cultural africana e estimular reflexões sobre a influência dessa produção nas chamadas afrobrasilidades.
“Para quem não conhece nada [da cultura africana], acho que é uma sensação de maravilhar, porque o que eu tenho observado, é que as pessoas ficam encantadas com a diversidade das matérias. E isso ótimo, pois propicia estudos mais aprofundados”, ressaltou Cláudia.
Visitantes que já passaram pela mostra ressaltaram a grandiosidade do acervo. “Estou achando tudo muito interessante, pois é tudo muito rico. Uma exposição tão grande como essa numa cidade como Vitória é algo inédito”, afirmou o estudante Renzo de Lima.
Com um acervo total de mais de 700 peças, a coleção expõe em Vitória apenas uma pequena parte de seu conteúdo, mas de grande relevância histórica e simbólica. A expectativa é de que moradores da Grande Vitória e visitantes de outras regiões aproveitem a oportunidade para conhecer de perto essa expressão cultural.
