O vigilante Jeferson Costa foi diagnosticado com depressão e afastado do trabalho no final do ano passado. Desde então, tenta dar entrada no auxílio-doença, mas ainda não conseguiu agendar a perícia médica. “Desde 30 de dezembro de 2024 estou com o pedido em análise e, até agora, nada. Estou à mercê da Previdência Social, sem receber nenhum pagamento”, lamenta.

A situação de Jeferson não é isolada. Joyce Carla Barbosa, que trabalha como técnica de enfermagem, fraturou o tornozelo. Ela teve que passar por uma cirurgia e já tem outra marcada. Após três meses afastada do trabalho, Joyce só conseguiu a perícia médica agora. “Eu vim hoje fazer a perícia depois de mais de 30 dias que (os exames) estavam em análise… Trabalhamos a vida toda, e esse é um direito nosso”, desabafa.

Atualmente, quase 2 milhões de pessoas aguardam a liberação de benefícios sociais e previdenciários, o maior número desde 2020. O governo federal justifica que a demanda mensal de pedidos ao INSS aumentou significativamente e que a fila cresceu devido a uma greve de servidores e médicos peritos.

Para reduzir o tempo de espera e desafogar o sistema, medidas estão sendo estudadas, mas ainda sem uma solução definitiva. Enquanto isso, milhares de brasileiros seguem sem resposta e sem os pagamentos a que têm direito.