A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas já contabiliza mais de 290 familiares cadastrados e mais de 500 perfis genéticos de pessoas falecidas e não identificadas inseridos no sistema. Os dados foram encaminhados para os bancos estaduais e ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, com o objetivo de auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas em todo o país.
A iniciativa, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, busca cruzar o material genético de familiares com os dados disponíveis nos bancos de perfis de corpos não identificados. O sistema também inclui registros de oito pessoas vivas que seguem sem identidade formal em território nacional.
Segundo a Polícia Científica do Espírito Santo, trata-se de uma tecnologia inovadora que reforça o compromisso dos governos federal e estadual, além das polícias Civil e Científica, em oferecer uma resposta às famílias que buscam por entes desaparecidos. O cruzamento genético é realizado semanalmente em âmbito nacional, o que permite que identificações sejam feitas mesmo entre estados diferentes.
“Já tivemos algumas identificações interestaduais com famílias de outros estados como Ceará, Distrito Federal e Bahia. Como isso acontece em foque nacional há essa possibilidade de localizar uma família em outro estado”, disse a chefe do Laboratório de DNA Forense, Bianca Bortolini Merlo.
A coleta do DNA é simples, indolor e realizada com um cotonete na parte interna da bochecha. Qualquer pessoa que tenha um parente desaparecido pode participar da campanha. Após o procedimento, os dados genéticos passam a ser confrontados periodicamente com os registros nacionais.
A campanha é mais um avanço nas políticas de busca por desaparecidos, e representa uma esperança real para milhares de famílias que aguardam respostas há anos.