A estudante Letícia Baroni Neves, de 19 anos, tirou a carteira de motorista há oito meses, mas decidiu voltar à autoescola — desta vez para aprender a dirigir um carro automático. Mesmo habilitada, a estudante sentiu a necessidade de se adaptar à nova tecnologia.
“Esse carro muda a marcha sozinho, né? Num carro automático eu não preciso ficar pensando no processo de passar marcha e posso prestar mais atenção porque é um carro diferente. E o processo de aprendizado acaba sendo diferente”, comentou Letícia. Ela destaca que, apesar de parecer mais simples, o aprendizado no carro automático é diferente daquele no carro manual.
O crescimento da procura por carros automáticos reflete uma tendência no mercado automotivo. Atualmente, de cada dez carros novos vendidos no Brasil, seis são equipados com câmbio automático, o que tem impulsionado mudanças no ensino de direção e na demanda por aulas específicas.
“O carro manual tem embreagem, freio e acelerador. Já o carro automático não existe a embreagem e muitas vezes, as pessoas levam o pé para a embreagem, e é aí que acontece os erros e às vezes, até acidentes”, disse o instrutor de autoescola Murilo Júnior.
Nas últimas semanas tem sido registrado acidentes com motoristas conduzindo carros automáticos, o que reforça a importância da atenção redobrada. Por serem mais simples de operar, esses veículos podem transmitir uma falsa sensação de segurança, levando a lapsos de concentração. É fundamental que os motoristas mantenham o foco total no trânsito, evitando distrações e respeitando as normas de segurança, já que, independentemente da tecnologia, a responsabilidade no volante continua sendo essencial para a prevenção de acidentes.