A RedeTV! ES, única emissora de televisão sediada no município de Vila Velha, vem a público manifestar seu descontentamento diante dos episódios ocorridos na sessão da Câmara Municipal de ontem dia 12 de maio, durante a participação de seu diretor-geral, Marcel Carone que recentemente representou Vila Velha, o Espírito Santo e o Brasil na sede da ONU, em Nova York, em defesa da causa da inclusão.
Convidado formalmente pelo vereador Dr. Hércules Silveira para ocupar a tribuna e contribuir com o debate sobre a inclusão das pessoas com deficiência, Marcel foi surpreendido por um ambiente barulhento e pouco condizente com a importância do tema e com o decoro que se espera de um parlamento.
A postura adotada pelo presidente da casa, vereador Osvaldo Maturano, assim como de alguns parlamentares, friso, apenas alguns, destoou dos princípios de respeito, cordialidade e responsabilidade que devem orientar a relação entre o poder legislativo e a sociedade civil. Cargos eletivos e funções públicas exigem equilíbrio, preparo e, acima de tudo, disposição para ouvir, especialmente quando se trata de um tema tão sensível e relevante quanto os direitos de milhares de cidadãos com deficiência.
A emissora também manifesta estranheza diante da atitude do diretor de comunicação da Câmara, Júnior Costa, que tentou impedir o trabalho do cinegrafista da RedeTV! ES, cerceando o exercício da imprensa em um espaço público. A medida foi imediatamente corrigida pelo próprio propositor da sessão, o que demonstra o reconhecimento da legitimidade da atuação da emissora.
A RedeTV! ES, ao longo de sua história, tem mantido uma postura ética, colaborativa e institucional em sua relação com os poderes públicos. A família Carone, há três gerações, contribui de forma significativa com o desenvolvimento da comunicação no Espírito Santo, gerando emprego, renda e fortalecendo a democracia por meio da informação.
Reafirmamos nosso compromisso com a liberdade de imprensa, com o diálogo respeitoso entre as instituições e com a promoção de pautas de interesse social, como a inclusão. Esperamos que este episódio suscite a reflexão necessária para que situações semelhantes não se repitam, e que os espaços públicos permaneçam abertos à escuta, ao debate qualificado e à pluralidade de vozes.