A Polícia Militar do Espírito Santo tem utilizado drones como aliados no enfrentamento à criminalidade. Equipados com câmeras de alta resolução e sistemas de transmissão em tempo real, os aparelhos permitem monitorar áreas de risco, mapear operações e acompanhar a movimentação de suspeitos sem expor os policiais ao perigo.

“A operação mais comum da Polícia Militar hoje são as ações de apoio ao patrulhamento em áreas de alto risco onde o drone transmite as imagens em tempo real para as equipes do solo se deslocando com mais segurança”, disse o tenente-coronel Callegario, da Polícia Militar.

O recurso vem sendo empregado em diferentes frentes: desde ações de inteligência e reconhecimento até o apoio direto ao patrulhamento em comunidades. Durante operações, as imagens captadas antecipam cenários, ajudam a localizar foragidos, identificar esconderijos, planejar abordagens e monitorar deslocamentos de criminosos. Muitas vezes, as gravações também são utilizadas como prova em investigações e processos judiciais.

Segundo o tenente Matos, piloto da corporação, o drone deixou de ser visto como “um brinquedo” para se consolidar como aeronave não tripulada, sujeita a normas semelhantes às da aviação. “Para podermos fazer o vôo, temos que solicitar à Aeronáutica, informar o local e altura que está voando, como se fosse uma aeronave normal”, explicou.

Além de aumentar a eficiência das operações, o uso da tecnologia representa economia de recursos. Em muitas situações, o drone substitui a necessidade de acionar o Núcleo de Operações de Transporte Aéreo (Notaer), embora não elimine a importância dos helicópteros em casos específicos.

De acordo com a corporação, os drones têm sido fundamentais em apreensões de armas, drogas e veículos roubados, além de prisões em flagrante. A ferramenta também agiliza respostas em emergências, garantindo mais rapidez, planejamento e segurança para a população e para os policiais em campo.