Robôs que imitam movimentos humanos, interagem e até demonstram emoções estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. A autonomia dessas máquinas tem impressionado especialistas e consumidores, ao ponto de tornarem-se comuns em ambientes antes restritos à atuação exclusivamente humana.
Hoje, já é possível encontrar robôs dirigindo carros de forma totalmente autônoma. Para muitos, esses veículos são mais seguros do que motoristas humanos, especialmente quando se trata de situações que envolvem cansaço ou desatenção. “Eu acredito muito que os carros-robôs, com seus sensores e câmeras, deixam as pessoas mais à vontade no trânsito do que pessoas cansadas ou com sono”, afirmou o diretor da Global Summit, Rodrigo da Luz. “Hoje os robôs podem dirigir muitas vezes até melhores do que algumas pessoas”.
O avanço da tecnologia tem tornado cada vez mais tênue a distinção entre humanos e máquinas. Em muitos casos, identificar quem é quem não é uma tarefa simples. Por isso, testes de Turing — criados para verificar se estamos interagindo com um ser humano ou com uma inteligência artificial — continuam sendo ferramentas fundamentais.
A automação também está cada vez mais integrada ao ambiente doméstico. Atividades simples, como apagar as luzes ou ouvir uma música, agora podem ser realizadas por meio de comandos de voz. “Que horas são? São 9h51. Desejo um excelente dia para você”, responde um assistente virtual, dando mostras de como essas tecnologias se tornaram parte da rotina.
Com tantos avanços, surge também uma reflexão: até que ponto a tecnologia pode — ou deve — substituir o ser humano? Para a psicóloga Fernanda Jota, essa substituição é impossível, já que as relações interpessoais ainda são fatores importantes na convivência humana. “Eu acho isso extremamente perigoso. A inteligência artificial não a menor capacidade de oferecer afetos reais e profundos que nutrem as relações sociais e terapêuticas”.
Ou seja, não se trata de trocar pessoas por tecnologia, mas encaixar essas ferramentas ao cotidiano de forma equilibrada.